Os senadores do PMDB passaram o dia todo reunidos para tentar chegar a um acordo sobre quem presidirá a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Às 21 horas desta terça-feira, 7, as conversas foram suspensas sem qualquer definição. As discussões serão retomadas nesta quarta-feira à tarde, caso não haja consenso ou desistência dos candidatos. A CCJ é a comissão que analisará a indicação de Alexandre de Moraes para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Três candidatos disputavam a vaga: Edison Lobão (PMDB-MA), Raimundo Lira (PMDB-PB) e Marta Suplicy (PMDB-SP), mas a senadora desistiu do cargo na CCJ para ficar com a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Como Lobão é o candidato favorito da cúpula dos peemedebistas, eles buscam uma solução para que Lira também desista da vaga.
Lobão acredita que a decisão terá de ser tomada em eleição interna da bancada. Já o senador Raimundo Lira gostaria de levar a decisão para dentro da CCJ, onde todos os senadores participantes, inclusive de outros partidos, pudessem votar e escolher o novo presidente do colegiado.
Renan Calheiros (PMDB-AL), como líder do PMDB, prefere que a questão seja esgotada na bancada. “Não cogito indicar dois ou três nomes. Isso seria a falência do líder. O papel do líder é fazer convergência”, afirmou. Renan banca a candidatura de Lobão contra Lira e acredita ter maioria no PMDB para levá-lo à presidência da CCJ.
Apesar de Renan pedir que a questão não seja levada à CCJ, Lira está irredutível. “Vou esgotar todas as possibilidades seguindo os trâmites”, afirmou.