Após o rompimento do vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-MG), com o governo por causa da indicação de Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que entende a insatisfação do parlamentar mineiro e que vai conversar com ele para garantir a reaproximação com o governo.
Elogiando Ramalho como um “ótimo deputado”, “grande amigo” e o chamando de “Fabinho”, Maia disse que a reivindicação por uma representação de Minas Gerais no alto escalão do governo não pode ser maior que o compromisso em aprovar as reformas. O presidente da Câmara deu uma palestra em evento promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo.
“O deputado Fabio é um ótimo deputado, é um grande amigo, eu entendo a insatisfação dele porque se tinha uma expectativa grande por parte da bancada de Minas Gerais como um todo na possibilidade de que o deputado Rodrigo Pacheco pudesse ser ministro e seria um grande ministro”, disse Maia a jornalistas após o evento. “O presidente fez a escolha pelo Osmar Serraglio, essas questões não podem ser mais importantes que o futuro do Brasil”, afirmou Maia.
Para Maia, tanto Serraglio quanto Pacheco seriam ótimas escolhas do presidente Michel Temer (PMDB), mas que o incômodo pela falta de representatividade de um Estado no governo não pode ser motivo para atrapalhar a votação da reforma da previdência, alvo de críticas de Pacheco ao anunciar o rompimento. “O deputado Fabinho tem razão em deixar claro a insatisfação, com o tempo ele vai entender”, declarou Maia.
O presidente da Câmara se comprometeu em conversar com “Fabinho” para trazê-lo de volta ao quadro de sustentação do governo no Congresso. “Vamos trazê-lo com certeza para que esteja próximo a todos nós nesses esforços que não são do governo, mas do Brasil, representado pela Câmara dos Deputados, em aprovar as reformas”.