O presidente Michel Temer afirmou em entrevista à TV Bandeirantes, exibida na tarde desta quinta-feira, 11, que não tem receio em relação ao processo que pede a cassação da chapa que ele compôs com a ex-presidente Dilma Rousseff em 2014.
Mais cedo, o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin, já entregou aos demais colegas de Corte uma versão atualizada do relatório que resume os principais pontos do processo e trechos de depoimento dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
“Posso dizer seguramente que não temo o processo do TSE”, disse o presidente, em entrevista ao apresentador José Luiz Datena. Temer também ressaltou que não há “conspiração alguma para acabar com a Lava Jato”.
O presidente evitou fazer comentários sobre os rumos da política brasileira. Perguntado sobre novos nomes que eventualmente possam surgir no pleito em 2018, ele disse ser tudo “muito cedo”. “As pesquisas de hoje não valem daqui um ano”, afirmou.
Temer comentou as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que no final de 2016 chegou a comparar o atual governo a uma pinguela. “Quando FHC falou em pinguela, ele se referia a uma travessia difícil”, disse. “Quero ser reconhecido como o governo que modernizou o País”, ressaltou.
O peemedebista reforçou a visão de que não é necessária uma Constituinte exclusiva para a reforma política. “Não acho útil. Constituinte exclusiva é quando há ruptura, o que não é o caso”, disse.
O presidente ressaltou a relação dele com o Congresso Nacional e disse não ter tido nenhuma derrota em plenário. “Não há barganha. Há negociação. Necessito das indicações dos parlamentares para preencher os cargos públicos da esfera do Executivo”, disse.
Temer ainda disse acreditar que está tomando medidas populares, não populistas. “Quando fui relator da primeira reforma da Previdência, no governo FHC, fui reeleito com mais de 200 mil votos”, acrescentou.
Ele ainda comentou duas medidas recentes. Sobre a Lei da Migração, aprovada no Senado na semana passada, o presidente disse não ter analisado o texto e que aguarda a revisão dos ministérios envolvidos com o tema.
A respeito do satélite geoestacionário lançado pelo País na semana passada, Temer disse que o equipamento tem também a função de proteger as fronteiras.