Em uma nota divulgada pela página oficial no Facebook, o Hopi Hari anunciou no fim da semana passada que retomará as atividades na primeira quinzena de junho. O parque em Vinhedo, no interior de São Paulo, havia anunciado a suspensão do funcionamento no dia 12 de maio em virtude de problemas financeiros; as dívidas somavam mais de R$ 700 milhões.
Na sexta-feira, 26, o parque anunciou o retorno. “O Hopi Hari está de volta! Na primeira quinzena de junho reabriremos as fronteiras do país mais divertido do mundo”, diz o comunicado assinado pelo presidente José Luiz Abdalla. “Eu gostaria de agradecer a cada um de vocês pelo imenso apoio recebido e pelas incríveis mensagens que recebi nos últimos 15 dias. Agora vamos todos celebrar esta grande notícia e pela qual viemos lutando desde o início desta nova gestão”, informou o gestor.
A publicação recebeu 31 mil reações dos internautas, além de 8 mil comentários, a maioria com comentários elogiosos à história do parque, além do desejo de uma retomada com sucesso. A publicação é acompanhada por um vídeo de 21 segundos em que se sobrevoa a área do parque e, ao fim, há o slogan da atração: o país mais divertido do mundo.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou em 9 de maio que o parque de diversões mais famoso de São Paulo se aproximava dos 18 anos de existência à beira da pane seca. Estava atolado em uma dívida de R$ 700 milhões, com a luz cortada, sem seguro e “aviso prévio” para fechar as portas. Os quase 300 funcionários não recebiam salários desde o dia 5 de fevereiro.
O comunicado não detalha como e se foram solucionados as dificuldades financeiras no curto período de fechamento. Em abril, o parque teve o fornecimento de energia cancelado por causa de uma conta de R$ 580 mil em aberto com a CPFL. Para piorar, desde 25 de março, o Hopi Hari operava sem cobertura de seguro para acidentes com frequentadores ou eventuais danos aos equipamentos.
Com tantos problemas, o público havia sumido e o parque – que chegou a receber 24 mil pessoas em um único dia, no segundo semestre de 2011 – tinha 160 visitantes em um sábado de maio. No dia anterior, uma sexta-feira, foram 20 pessoas. No dia da paralisação, Abdalla destacou que a paralisação seria temporária, “uma pausa para respirar, tomar fôlego e voltar à luta com mais força”.