Com pelo menos 100 participantes na sede do diretório estadual do PSDB, uma reunião extrapolou a participação restrita a membros da executiva e vai votar entre vereadores, prefeitos e outras lideranças se apoia a permanência ou o desembarque da legenda tucana do governo Michel Temer (PMDB).
Antes da votação, lideranças tucanas estão usando a palavra para defender suas posições. O vereador Mario Covas Neto, presidente do PSDB da capital, e o deputado Barros Munhoz, líder do governo na Assembleia, seguiram a orientação do governador Geraldo Alckmin e defenderam permanência do PSDB no governo.
Já outros oradores disseram que não é possível continuar no governo diante das denúncias trazidas pelas delações dos donos da JBS. O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, classificou o encontro de Temer com o empresário Joesley Batista como um encontro “de um religioso com uma prostituta”.
O fim do apoio a Temer também foi defendido pelo presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, um dos integrantes das chamadas “cabeças pretas” do PSDB, ala jovem do partido que pressiona pela saída da legenda no governo. “Eu defendo que o PSDB tenha uma postura independente e que vote aquilo que é bom para o País”, declarou.
O deputado federal Miguel Haddad afirmou que o partido precisa ter “coerência” e não ser “oportunista”, destacando que é preciso aguardar o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto isso, o governador Geraldo Alckmin está reunido com o deputado Fernando Capez no Palácio dos Bandeirantes. Alckmin tenta conter um evento de apoio oficial dos paulistas pelo desembarque do governo.