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CET aponta redução de acidentes nas Marginais, mesmo com velocidade maior

O número de acidentes de trânsito mesmo depois do aumento dos limites de velocidade adotado no fim de janeiro pela gestão do prefeito João Doria (PSDB). É o que aponta levantamento feito de forma inédita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com base em boletins de ocorrência dos primeiros quatro meses do ano.

Segundo o balanço, divulgado ontem, o número de acidentes para 61 neste ano. Já na Tietê foram 6,3% acidentes a menos, de 79 para 74, de acordo com a CET.

O balanço mostra também queda de 20% no número de feridos nas duas vias, na comparação entre os dois quadrimestres, de 203 em 2016 para 162 neste ano, e uma ligeira redução de mortes, de 9 para 8 vítimas. Esses são os chamados “dados consolidados” de acidentes de trânsito, extraídos da análise de aproximadamente 6 mil boletins de ocorrência por mês do Sistema de Informação Criminal (Infocrim), da Polícia Civil.

Os números são bem inferiores aos “dados operacionais” que a própria CET vinha divulgando desde que aumentou os limites de velocidade das Marginais de 50 km/h para 60 km/h nas pistas locais, de 60 km/h para 70 km/h nas centrais e de 70 km/h para 90 km/h nas expressas – isso a partir do dia 25 de janeiro deste ano.

Só nos dois primeiros meses de vigência dos novos limites, por exemplo, a CET havia registrado 223 acidentes com vítimas nas duas Marginais, ou seja, mais de 100 por mês. Em 2016, quando os limites eram inferiores, a média de acidentes dos dados operacionais da CET era de 64 acidentes por mês.

A discrepância é ainda maior se comparados os dados novos da CET com os registros de acidentes nas Marginais feitos pela Polícia Militar, que apontou aumento de 56% nas ocorrências com vítimas nos três primeiros meses do ano, de 234 em 2016 para 367 neste ano.

Desde a divulgação da escalada dos acidentes, a gestão Doria tem afirmado que não era possível comparar os dados operacionais da CET deste ano com o de anos anteriores porque ela aumentou em 67% o número de agentes nas Marginais e dobrou o número de câmeras de monitoramento, o que levaria a um aumento natural dos registros. Quanto aos dados da PM, afirma que ela usa outra metodologia e contabiliza acidentes em alças de acesso e pontes das Marginais, o que a CET não faz.

Mudança. Segundo a Prefeitura, apenas os dados consolidados poderiam ser comparados, mas esse balanço, feito com a mesma metodologia desde 1979, só era divulgado, até ontem, anualmente. “Agora, decidimos fazer uma esforço descomunal para obter dados consolidados das Marginais e poder calibrar uma política pública de grande relevância, que é o programa Marginal Segura”, afirmou o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Sérgio Avelleda. “Os dados consolidados mostram a continuidade da tendência de queda dos acidentes nas Marginais.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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