Para cobrar a construção de mais moradias populares pelo governo do Estado de São Paulo, manifestantes protestam no prédio sede da secretaria de Habitação e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, no centro da capital, desde o final da tarde dessa quarta-feira, 29. Eles passaram a noite em barracas montadas no saguão de entrada e do lado de fora do edifício, ocupando duas das três faixas da Rua Boa Vista, próximo ao Páteo do Colégio. A entrada do prédio está liberada para os funcionários nesta manhã.
A manifestação é coordenada pela União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMMSP). O grupo afirma que só deixará o local após ser recebido pelo presidente da CDHU, Carlos Alberto Fachini, ou pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). A ocupação começou por volta das 18 horas dessa quarta, após uma passeata que aconteceu durante a tarde.
Lideranças envolvidas informaram que o protesto reunia cinco mil pessoas e que cerca de mil permaneceriam no local durante a noite e madrugada. A Polícia Militar e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitoram a manifestação e não houve nenhum tipo de confronto até o momento.
Uma lista de cobranças foi divulgada pela UMMSP. A principal delas é a construção de 10 mil unidades habitacionais, que teriam sido prometidas por Alckmin em 2013. Em nota, o governo afirmou não ter pendências e alegou ter estado sempre aberto ao diálogo com as entidades. Segundo a secretaria de Habitação, o atual governo já entregou 1.098 e tem outras 14.164 unidades de moradia popular em obras no Estado.