O juiz Vallisney de Souza Oliveira deferiu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e autorizou a permanência do corretor Lúcio Bolonha Funaro até o próximo dia 11 de agosto na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A previsão, antes da nova prorrogação, era que Funaro deixasse a PF nesta sexta-feira, 28.
Preso na operação Sépsis, em julho de 2016, Funaro foi transferido para a PF, antes estava detido no Complexo da Papuda, para poder preparar os anexos da proposta de delação que negocia com a Procuradoria-geral da República e prestar depoimento no âmbito da operação Cui Bonno”.
No pedido para prorrogação da permanência de Funaro na PF, mais uma vez, o MPF apontou a necessidade de “se colher novos esclarecimentos a respeito de fatos decorrentes das operações conduzidas por este Ministério Público (Operações Sépsis e Cui Bano).”
Além do depoimentos às operações, Funaro também negocia um acordo de colaboração premiada com a PGR. O Estado apurou que entre os principais alvos da delação de Funaro estão os integrantes do grupo político do PMDB da Câmara dos Deputados. São citados o presidente Michel Temer, os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do ex-deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB. Outro alvo será o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral). Além dos políticos, empresários como Joesley Batista e João Queiroz, da Hypermarcas, terão seus nomes abarcados nos anexos.