A Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, contra o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB), e mais seis pessoas, por participação em suposto esquema de corrupção da Transpetro (Petrobras Transporte S.A).
O inquérito foi aberto com base na partir da delação do ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, um dos nove denunciados no caso, que delatou que congressistas receberam, via doação oficial, repasses com recursos oriundos de vantagens indevidas pagas por empresas contratadas pela Transpetro, que constituiriam propina na avaliação da PGR.
Também foram denunciados os senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO), assim como Luiz Fernando Nave Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo – sócios da NM Engenharia – e Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental.
Defesas
A defesa de Sérgio Machado informou que o ex-presidente da Transpetro vai continuar ajudando na produção de provas.
Em nota, Renan Calheiros afirmou: “Essa denúncia é política. Seu teor já foi criticado pela Polícia Federal, que sugere a retirada dos benefícios desse réu confesso porque ele acusa sem provas. Estou certo de que todos os inquéritos gerados da denúncia desse delator mentiroso serão arquivados por falta de provas”.
Até a publicação deste texto, a reportagem ainda não havia obtido resposta da Odebrecht. A reportagem entrou em contato com o gabinete do senador Garibaldi Alves e com senador Romero Jucá, mas não obteve resposta.