Nem mesmo a falta de luz impediu parlamentares de realizar uma reunião sobre reforma política na noite desta segunda-feira, 25. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outros deputados discutiram o tema num ambiente de penumbra e indefinição.
Por volta das 20 horas, seguranças da residência oficial da presidência da Câmara ouviram um estouro. Logo depois, a rede elétrica começou a apresentar instabilidade.
Segundo um dos presentes, a casa, que não tem gerador próprio, não chegou a ficar no escuro, mas as lâmpadas passaram a oscilar ou a ter baixa luminosidade. Deputados usaram as telas dos celulares para ampliar a iluminação e continuar a discussão.
A Companhia Energética de Brasília (CEB) não soube informar o motivo da ocorrência, que também afetou outras casas da região. Até as 22 horas, não havia previsão de restabelecimento pleno do serviço.
Pressa. Deputados e senadores têm pressa para chegar a um consenso, especialmente sobre a criação de um fundo público para o financiamento de campanhas. Para que as novas regras passem a valer nas eleições de 2018, elas têm de ser aprovadas no Congresso até o dia 7 de outubro.
Uma nova reunião será realizada na manhã desta terça-feira, 26, mas o mais provável é que a sessão do plenário da Câmara seja destinada apenas para concluir a votação do segundo turno da proposta relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), que acaba com as coligações para as eleições de 2020 e institui uma cláusula de desempenho para os partidos.
O projeto que trata do fundo segue sem acordo na Câmara. O Senado também discute uma proposta nesse sentido e vai tentar votar o projeto nesta terça-feira.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), era esperado na reunião, mas não compareceu. Participaram do encontro, além de Maia, um dos relatores da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o líder da Minoria, deputado José Guimarães, e os deputados Danilo Forte (PSB-CE) e Heráclito Fortes (PSB-PI).