Em meio à polêmica de entregar a farinata para complementar a merenda escolar, a Prefeitura adiou para o próximo ano a inclusão de famílias de baixa renda no Leve Leite. Em fevereiro, o programa foi reduzido e restrito apenas aos alunos de até 6 anos.
A Secretaria Municipal de Educação, porém, havia prometido que o benefício seria estendido até julho deste ano às crianças inscritas em programas sociais, como o Bolsa Família, e que, apesar de terem idade para frequentar creche e pré-escola, não estão matriculadas.
O total de beneficiários passou de 916 mil, no ano passado, para 250 mil neste ano – redução de 73%. As famílias, sem acesso ao programa e sem vaga para filhos nas escolas, esperam ser cadastradas para receber dois quilos de leite em pó por mês. É o caso da dona de casa Thaislaine da Silva, de 20 anos. Mãe de duas crianças de 1 e 4 anos de idade, ela recebe o Bolsa Família, mas aguarda vaga na creche para os dois filhos.
“Para mim, seria muito bom que ele fosse (para creche) porque não consigo trabalhar tendo que cuidar de duas crianças e preciso de ajuda de parentes até para comprar comida para eles”, conta Thaislaine.
Em nota, a Secretaria de Educação disse que, com o “redesenho do programa”, foi possível criar 23 mil vagas de creche. A extensão do programa a crianças de fora da rede, acrescentou a pasta, será feita em 2018.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.