Colegas e familiares do adolescente João Vitor Gomes, de 13 anos, estão presentes no velório do estudante morto na sexta-feira (20) dentro de sala de aula, no Colégio Goyases, em Goiânia. No início da manhã deste sábado (21), a família do estudante rezava um terço na sala onde o corpo é velado. Uma missa foi celebrada. O enterro deve ocorrer ainda na manhã de hoje (21). O garoto foi morto após seu colega, um adolescente de 14 anos abrir fogo dentro do colégio particular e teria agido motivado por bullying.
A estudante A.L, de 13 anos, que estuava na mesma sala de João Vitor, fala sobre como um garoto tímido, mas brincalhão. “Ele não se soltava muito com quem se não era muito próximo”, disse. Os estudantes do Colégio Goyases, onde ocorreu o atentado, foram primeiro ao velório de Joao Pedro Calembo, de 13 anos, e em seguida foram ao enterro de João Vitor.
Dois adolescestentes de 12 e 13 anos afirmam que João Vitor Gomes, de 13 anos, morto ontem com um tiro na cabeça no Colégio Goyases, em Goiânia, eram amigos do adolescente dee 14 anos suspeito de ter cometido o atentado que deixou mais um estudante morto e quatro feridos. “Ele agia normal. Não fazia nada que parecia que fosse matar”, conta V.A.S, 14.
O estudante F.Q, de 12 anos, estuda na sala de 8° ano do colégio particular, onde houve o atentado no final da manhã de sexta-feira (20), também relata que o adolescente suspeito do atentado não aparentava ter raiva de ninguém. O garoto conta que há pouco tempo começaram a chamar o adolescente de “fedido”. De acordo com ele, na sexta-feira João Pedro Calembo, também morto com um tiro na cabeça, levou um desodorante para a sala de aula.”O João jogou um desodorante nele. Aí o atirador xingou o João Pedro. Achei que tinha passado, que ele não ia ligar”; disse.
Os estudantes estão no velório de João Vitor Gomes, no Cemitério Jardim das Palmeira, onde estão presentes mais colegas e familiares do adolescente. O enterro deve ocorrer às 11 horas deste sábado (21). V.A.S diz ser o melhor amigo de João Vitor. Eles estudavam juntos desde o 1° ano do ensino fundamental no mesmo colégio, junto com o adolescente suspeito. A mãe de V. conta que o estudante morto era muito educado e os pais extremamente protetores. “Eles tinham muito cuidado com ele. E aí acontece uma coisa dessa na escola”, disse.
Nazismo e Satanismo
O estudante F.Q conta que o adolescente suspeito de ter cometido o atentado idolatrava Hitler. “Um dia ele veio fantasiado de Hitler, ano passado. Era uma atividade de entrevista na escola, disse. F diz ainda que o jovem chegou a levar um livro satanista para a escola e ler em voz alta. A versão é a mesma de outras duas adolescentes que também estudavam na mesma sala de 8°ano.