Da lista de competições a disputar no ano, o Palmeiras pouco a pouco vê as chances de título diminuírem. Nesta quarta-feira, no Mineirão, o time jogou mal, mas ainda assim esteve perto de eliminar o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. O empate em 1 a 1 com gol sofrido no fim decretou nova frustração na temporada e volta a colocar o elenco sob pressão.
A segunda eliminação do ano coloca pressão uma semana antes de mais um confronto de mata-mata, desta vez na Copa Libertadores. Se contra a Ponte Preta, na semifinal do Campeonato Paulista, o Palmeiras foi mal no primeiro jogo, contra o Cruzeiro a atuação fraca veio nos dois encontros. No Allianz Parque o time levou três gols no primeiro tempo, o que não ameniza a reação e o empate conquistado depois. Já no Mineirão, faltou levar mais perigo.
O adeus à Copa do Brasil transforma, como diz o canto da torcida, a Libertadores ainda mais em obsessão. A chance de conquista do Brasileiro está distante. Ou seja, ou a equipe continua viva no torneio continental ou lembrará de 2017 como uma temporada sem títulos e de atuações pouco inspiradas, como a do jogo no Mineirão. “Não é fácil vir jogar aqui dentro. Agora o jeito é pensar no próximo jogo”, disse o goleiro Jailson.
O empate em 3 a 3 em jogo eletrizante na ida levou os treinadores a prepararem times mais comedidos para a partida de volta. Em vez de velocidade e ousadia, o temor foi neutralizar o adversário. O Cruzeiro levou vantagem no primeiro tempo por ter conseguido avançar mais, enquanto o Palmeiras não tinha saída de bola.
O técnico Cuca apostou em dois volantes marcadores (Thiago Santos e Felipe Melo) para liberar Guerra para criar. Porém, como faltava aproximação entre esses setores, o Palmeiras não levou perigo. No ataque, Borja brigava sozinho, Dudu não recebia a bola e Róger Guedes aparecia mais quando ajudava na marcação.
O Palmeiras desperdiçou o primeiro tempo inteiro com um futebol inerte. O técnico Cuca, então, colocou Keno no intervalo para parecer mais ofensivo ao menos no papel.
Na prática o Cruzeiro continuou tranquilo, sem ser ameaçado. A comodidade em poder empatar sem gols demorou a ser ameaçada. No jogo travado, sem emoção, era preciso um lance fortuito para mudar o panorama. O Palmeiras achou o gol em uma sobra de escanteio, aos 25 minutos. Keno chutou, a bola desviou na defesa e tirou a chance de defesa de Fábio.
O Cruzeiro, então, se atirou em busca do gol. O Palmeiras pecou pela desorganização, pois levou o empate em lance em que o lateral Diogo Barbosa apareceu na área para concluir, aos 39 minutos. Um vacilo irrecuperável.
Com o empate e a consequente classificação, o Cruzeiro agora aguarda o confronto entre Atlético-PR e Grêmio para conhecer seu adversário na semifinal da Copa do Brasil. No jogo de ida, os gaúchos golearam por 4 a 0, em Porto Alegre.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 1 x 1 PALMEIRAS
CRUZEIRO – Fábio; Romero, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Ariel Cabral e Thiago Neves; Alisson, Élber (Arrascaeta) e Rafael Sóbis (Raniel). Técnico: Mano Menezes
PALMEIRAS – Jailson; Jean, Mina, Dracena e Egídio; Thiago Santos, Felipe Melo (Raphael Veiga) e Guerra (Keno); Roger Guedes, Dudu (Tchê Tchê) e Borja. Técnico: Cuca
GOLS – Keno, aos 25, e Diego Barbosa, aos 39 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Mina, Egídio, Alisson, Arrascaeta, Edu Dracena, Thiago Neves.
ÁRBITRO – Wilton Pereira Sampaio (GO).
RENDA – R$ 1.277.729,00.
PÚBLICO – 41.660 pagantes.
LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).