A trave foi a grande personagem do empate por 0 a 0 entre Santos e Avaí neste domingo, na Ressacada, em Florianópolis, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, a última do primeiro turno. Apesar do jogo sem gols, as equipes criaram boas chances e esbarraram três vezes na trave. Duas delas, aliás, impediram gols que seriam espetaculares.
O resultado deste domingo deixou o Santos com 35 pontos, ainda na terceira colocação, enquanto o Avaí está em penúltimo com 18. Pelo Brasileirão, o time catarinense volta a jogar no próximo sábado, fora de casa, contra o Vitória, enquanto o Santos recebe o Fluminense em 14 de agosto, no Pacaembu. Antes, porém, o clube paulista encara o Atlético Paranaense na quinta-feira, pelo jogo da volta das oitavas de final da Copa Libertadores, na Vila Belmiro, depois de ter vencido a ida por 3 a 2.
Com uma sequência de oito partidas sem perder no Brasileiro e contando com o retorno dos laterais Victor Ferraz e Zeca, o Santos entrou em campo embalado pelo bom momento, mas logo esbarrou na forte marcação do adversário. A equipe do técnico Levir Culpi só foi chegar pela primeira vez aos 15 minutos. E foi em um lance fortuito: o zagueiro Alemão desviou para trás, de cabeça, e acertou o travessão.
Muito pressionado após ser goleado por 5 a 0 pelo Atlético Paranaense e depois de quase perder o técnico Claudinei Oliveira, que ameaçou pedir demissão, o Avaí estava melhor organizado defensivamente, embora pouco criasse. A partida, assim, era travada e com muita disputa no meio-campo. As principais chances apareciam somente em jogadas aéreas.
Aos 23, aproveitando cruzamento de Jean Mota, Bruno Henrique desviou de cabeça e a bola saiu rente à trave. O troco veio dois minutos depois, com Alemão, que cabeceou com perigo – agora a favor – e quase abriu o placar.
Mas a grande jogada do primeiro tempo viria aos 32. E seria trabalhada, com bons passes no chão: Júnior Dutra deu passe de letra, Pedro Castro dominou, rolou e Juan chutou rasteiro. A bola caprichosamente bateu na trave.
O ritmo do jogo permaneceu similar após o intervalo. E, aos seis, novamente a trave impediu um belo gol na Ressacada. Depois da zaga do Avaí afastar cruzamento, Zeca arriscou de fora da área, de primeira, e a bola entraria no ângulo, sem qualquer chance para Douglas Friedrich, mas explodiu no travessão.
Aos poucos, enquanto os minutos avançavam, as duas equipes aceleraram o ritmo e apostaram em mais jogadas trabalhadas pelas laterais. Os atacantes, contudo, viviam noite pouco inspirada. Ricardo Oliveira, por exemplo, que fazia neste domingo sua partida de número 600 na carreira, teve chance clara aos 15, mas finalizou para fora. Acabou substituído por Kayke sem ter feito nada de especial.
As mudanças realizadas pelos dois treinadores, contudo, não surtiram qualquer efeito. Os dois times caíram de ritmo após as substituições, pouco criaram nos minutos finais e, parados pela trave, terminaram empatados por 0 a 0.
FICHA TÉCNICA:
AVAÍ 0 X 0 SANTOS
AVAÍ – Douglas Friedrich; Leandro Silva, Alemão, Betão e Capa; Judson, Wellington Simião (Willians), Pedro Castro e Juan (Rômulo); Júnior Dutra e Joel (Luan Pereira). Técnico: Claudinei Oliveira.
SANTOS – Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Fabián Noguera e Zeca; Alison, Renato (Léo Cittadini) e Jean Mota; Copete (Thiago Ribeiro), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira (Kayke). Técnico: Levir Culpi.
ÁRBITRO – Pablo dos Santos Alves (PB).
CARTÕES AMARELOS – Júnior Dutra, Alemão e Judson (Avaí); Lucas Veríssimo (Santos).
RENDA – R$ 158.800.
PÚBLICO – 5.939 pagantes.
LOCAL – Estádio da Ressacada, em Florianópolis.