O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu desinterditar o estádio de São Januário, do Vasco, nesta terça-feira. O presidente do STJD, Ronaldo Botelho Piacente, deferiu a liberação ao receber o relatório de inspeção do estádio elaborado pelo Comitê Nacional de Inspeção de Estádios, da CBF.
O STJD também recebeu os laudos de Segurança e do Corpo de Bombeiros que permitem a desinterdição do estádio, fechado desde o dia 10 de julho. São Januário, contudo, ainda precisa ser desinterditado pelo Ministério Público, que obteve o fechamento do estádio por um prazo de 180 dias.
O STJD decidiu liberar o local para jogos porque o Vasco atendeu às exigências do tribunal de implementar pequena reforma na arquibancada para criar uma barreira de proteção às cabines de imprensa. O clube instalou uma estrutura metálica que isola o local destinado a imprensa da arquibancada. O tribunal decidiu ainda que o Vasco terá que manter segurança privada nas áreas de imprensa e segundo as orientações da Polícia Militar.
As cabines de imprensa ficaram vulneráveis à hostilidade de parte da torcida durante tumulto na arquibancada no clássico com o Flamengo, no dia 9 de julho, em rodada do Brasileirão. A confusão se espalhou pela arquibancada e terminou somente na rua com dezenas de feridos e um morto.
No dia seguinte, o vice-presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, decidiu pela interdição do local, com o apoio da CBF. Ele alegou falhas na segurança e na infraestrutura do estádio, o que deixou vulneráveis profissionais da imprensa e torcedores.
Mesmo com eventual liberação também do Ministério Público, o Vasco ainda não poderia voltar a jogar no seu estádio na próxima rodada do Brasileirão, contra o Palmeiras, no domingo. Isso porque o time também foi punido com a perda de seis mandos de campo. E até agora apenas três foram cumpridos. Assim, o Vasco deve continuar mandando suas partidas no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.