A juventude venceu a experiência nesta quinta-feira. Em uma semifinal totalmente norte-americana, a jovem Sloane Stephens, de 24 anos, derrotou Venus Williams, já com seus 37 – sendo 23 como profissional – e avançou pela primeira vez na carreira à grande decisão do US Open – o quarto e último Grand Slam da temporada, disputado em quadras duras em Nova York, nos Estados Unidos. Em 2 horas e 7 minutos, a vitória foi por 2 sets a 1 – com parciais de 6/1, 0/6 e 7/5.
Esta é apenas a terceira vez na história que uma tenista fora do Top 50 do ranking da WTA chega na final. Antes de Sloane Stephens, apenas a própria Venus Williams em seu início de carreira, em 1997, quando aos 17 anos era a número 66 do mundo e perdeu a decisão, e a belga Kim Clijsters, em 2009, quando ela era convidada por não ter ranking em virtude do período de gravidez e nascimento de sua filha.
“Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo. O que custou para eu chegar até aqui, a viagem que fiz, simplesmente não tenho palavras”, comentou Sloane Stephens, ainda em quadra, logo depois da vitória sobre Venus Williams.
A classificação à final do US Open vale como uma superação para Sloane Stephens, que já tem quatro títulos na WTA e não chegava a uma decisão desde abril do ano passado. Há pouco mais de um ano, quando tinha seu melhor ranking na carreira (número 11), a norte-americana sofreu uma fratura no pé esquerdo e ficou 11 meses sem jogar. Despencou no ranking, para o 957.º lugar, e só voltou em Wimbledon, em julho deste ano. Desde então, chegou às semifinais em Toronto, no Canadá, e em Cincinnati e subiu para o Top 100 antes do início do US Open. Finalista, já garante um lugar entre as 30 melhores do mundo.
Já para Venus Williams fica a decepção de não poder lutar mais pelo terceiro título em Nova York. Seu bicampeonato aconteceu em 2000 e 2001 e a última vez que chegou na decisão foi em 2002, quando perdeu para a irmã mais nova Serena. “Vou continuar a jogar e ganhar partidas”, prometeu a mais velha das irmãs Williams.