O dólar opera em alta nesta terça-feira em meio ao aumento dos juros dos Treasuries e também da moeda americana no exterior. O ajuste frente o real reflete ainda cautela interna após o aumento de tributo (CSLL) dos bancos e diante de incertezas com a PEC Emergencial, que deve ser votada nesta qurta-feira no Senado.
A valorização dos ativos financeiros americanos alimenta expectativas de que a inflação acelere e leve bancos centrais a elevar juros. Entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgada esta manhã é monitorada.
"O que está mexendo no mercado local é o aumento de impostos em plena pandemia, pois o próprio governo tinha afirmado que não aumentaria impostos, o que traz insegurança, além do colapso na saúde com o rápido avanço do covid-19 no País", avalia Jefferson Rugik, diretor-superintendente da corretora Correparti.
Vanei Nagem, responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, diz que NY ruim e alta de tributo para bancos para compensar corte de imposto em diesel e gás de cozinha pesam na precificação do dólar. "Os bancos podem ganhar menos e não deverá ser fácil, agora, repassar esse aumento de custo bancário para a contratação de credito. A inadimplência esta grande e não se sabe se os bancos conseguirão repassar a alta de custo com imposto para o crédito", avalia.
Às 9h27 desta terça, o dólar à vista subia 1,16%, a R$ 5,6640. O dólar para abril ganhava 0,34% no mesmo horário, a R$ 5,6655.