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Eurico rebate acusações e acusa Edmundo, Pedrinho e Felipe de irregularidades

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira para rebater as acusações de fraude na eleição do clube. A suspeita é que o mandatário foi eleito só porque colocou novos sócios no quadro associativo para votar.

As dúvidas sobre a legitimidade da eleição começaram por conta do grande número de adesões de sócios entre novembro e dezembro de 2015, último período para poder votar. A Justiça, então, determinou que esses eleitores votassem em uma urna separada das outras: a urna 7. Agora, os 475 votos contidos nela serão analisados. Destes, 428 votaram na chapa de Eurico Miranda e 48 votaram na chapa de Julio Brant. Como a diferença de Brant para Eurico foi menor do que esse número, a oposição tentará anular o resultado.

“Quero desmistificar essas informações que estão sendo veiculadas. Com certeza não são verdadeiras. Foi feito tudo com a maior transparência, inclusive a apuração. Dizer que os sócios-gerais foram feitos pela diretoria é de uma leviandade”, afirmou o atual presidente.

Eurico Miranda aproveitou para tentar jogar as acusações para a gestão anterior de Roberto Dinamite. “Se a gente quisesse fazer sócios, faríamos como a administração passada. Eu poderia distribuir títulos de bem feitor remido, como ele fez ao Edmundo, Pedrinho e Felipe. Tem outros, mas só trouxe esses. Eu distribuiria e tudo bem. Não tem que ter justificativa e só pode ser feito pelo presidente”, comentou.

“Felipe: o seu endereço é a rua General Almério de Moura 131, o endereço do Vasco. O telefone do cadastro também é do Vasco. É a ficha de ingresso do senhor Felipe (sócio benfeitor remido). Nem a ficha assinou. O senhor Pedrinho está na mesma situação, nunca atualizaram. Pedrinho não tem CPF e não está assinado por ninguém. O Edmundo o endereço era o Vasco, mas atualizou recentemente. O pior de tudo, no caso do Edmundo, não tem assinatura dele e nem do proponente. Absolutamente nada e mesmo assim não invalidou. E nem invalida. Isso é uma resposta a alguns casos de endereços e telefones”, acusou.

Os três ex-jogadores do Vasco, no entanto, não estão na urna sob suspeita. Também sobrou para o presidente do Conselho Fiscal. “Estatutariamente, o sócio é apto a votar tendo um ano de associação. Ele (Otto de Carvalho, presidente do Conselho Fiscal) resolveu falar sobre 2015, com a alegação de que esses sócios entraram no clube e que esse dinheiro não entrou no clube, o que é uma afirmação leviana. Em primeiro lugar, ele era membro do conselho fiscal e o balanço foi assinado por ele e pelos membros”, disse Eurico.

O presidente finalizou afirmando que não recebeu intimação da Justiça e que soube de toda a polêmica sobre a eleição do Vasco pela imprensa.

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