O lateral-esquerdo Zé Roberto se despediu nesta segunda-feira da torcida do Palmeiras com uma boa atuação na vitória do time por 2 a 0 sobre o Botafogo, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. Ao fim do encontro, após uma volta olímpica para dar adeus ao público, o veterano de 43 anos afirmou que se orgulha de ter contribuído na transformação da equipe, processo iniciado por ele em 2015.
No primeiro jogo daquela temporada, pelo Campeonato Paulista, Zé Roberto estreava pelo clube e comandou uma preleção muito marcante para o torcedor. O jogador fez um discurso com ênfase na tradição da equipe e pediu para os companheiros fazerem um ritual de bater no peito do colega e repetir que o Palmeiras era grande. “Valeu a pena bater no peito. Quando eu cheguei o Palmeiras era grande, agora com eu saindo, ele é gigante”, disse.
Quando chegou à equipe, o Palmeiras havia acabado de escapar do rebaixamento para a Série B e modificou bastante o elenco para tentar reagir. Quase três anos depois, Zé Roberto se aposenta como campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão. “O Palmeiras estava passando por um momento difícil e de 2015 para cá conseguimos colocar o clube num patamar onde sempre deveria estar. Trouxemos o torcedor de volta para o estádio, voltaram a ter esperança em um clube que estava iniciando uma nova trajetória”, afirmou.
Zé Roberto confirmou aposentadoria no último sábado e contra o Botafogo ganhou chance de ser titular para poder dar adeus ao torcedor no último jogo em casa do time. “Fazia um tempo que não vinha jogando, então correr 90 minutos atrás da molecada não foi fácil. Termino um ciclo, e não podia deixar de terminar uma carreira vitoriosa com uma vitória”, comentou. O veterano agora vai tirar férias no próximo ano e pretende se mudar para o exterior para acompanhar o filho, que vai começar a fazer faculdade.
O lateral-esquerdo disse que mesmo depois de chegar ao Palmeiras aos 40 anos de idade, conseguiu adquirir um grande aprendizado nesta chegada. “O futebol me deu muito aprendizado. Eu achei que ia agregar muita coisa, mas aprendi muito. Aprendi que temos que, independente da nossa idade, de tudo aquilo que construímos, temos que aprender. Eu escolhi o clube para encerrar minha carreira pela identificação que tive, pelo carinho”, contou.