O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial brasileiro avançou a 51,0 pontos em janeiro, de 50,2 em dezembro, na série com ajuste sazonal, segundo a IHS Markit. Acima de 50 pontos, o indicador mostra melhora na comparação com o mês anterior.
As empresas relataram o oitavo aumento consecutivo nas vendas, mas a recuperação foi modesta, de acordo com a empresa. Houve crescimento nas categorias de bens intermediários, enquanto os bens de consumo ficaram estáveis e os bens de capital se deterioraram.
A IHS Markit também destaca que houve um retorno à criação de empregos, com o maior ritmo de crescimento desde setembro de 2019 após a primeira redução do número de funcionários em cinco meses, que aconteceu em dezembro. Este movimento foi puxado pelas expectativas de crescimento das vendas e de investimentos, diz a empresa.
"O grau robusto de otimismo em relação aos negócios indicados no início de 2020 deverá garantir que tanto o investimento quanto o nível de empregos aumentarão no curto prazo, o que é um bom presságio para uma expansão econômica. A IHS Markit prevê um crescimento do PIB de 1,7% este ano, tendo em vista que os cortes nas taxas de juros dão um impulso no consumo e nos investimentos", diz, em nota, a economista Pollyanna de Lima, da IHS Markit.
Em janeiro, também foi captada a continuidade da diminuição do volume de pedidos de exportação. O levantamento também viu que, com a demanda contida, os produtores tendem a se focar mais na conclusão de negócios pendentes, com uma redução da quantidade de pedidos em atraso em ritmo acentuado.
O levantamento ainda captou que, embora haja otimismo nas perspectivas de negócios – 78% dos entrevistados preveem crescimento da produção no próximo ano -, os produtores continuam relutantes em manter estoques excedentes, com os inventários de insumos e produtos diminuindo no início de 2020.