O quarteto nacional formado por Daniel Dias, André Brasil, Phelipe Rodrigues e Ruan Souza conquistou, no início da madrugada desta quinta-feira (no horário de Brasília) a medalha de ouro da prova do revezamento 4x100m medley 34 pontos (soma dos números das classes dos atletas) do Mundial Paralímpico de Natação na disputa derradeira do dia na Piscina Olímpica Francisco Marquez, na Cidade do México.
Obtido no mesmo palco que abrigou esta modalidade na Olimpíada de 1968, este triunfo também permitiu que Daniel Dias fizesse história ao faturar a sua 30ª medalha dourada em Mundiais. Ele já havia amealhado cinco ouros nesta edição da competição realizada na capital mexicana, onde horas mais cedo, na manhã desta quarta, também ganhou a prova dos 200 metros livre na categoria S5.
Naquela ocasião, como se estivesse recebendo uma bênção divina como prêmio pela sua gloriosa carreira no esporte paralímpico, ele conquistou a 27ª medalha do Brasil neste Mundial, ajudando o País a consagrar a sua melhor campanha em todos os tempos na competição.
Antes destes dois novos triunfos neste dia de disputas no México, Daniel Dias também venceu as finais dos 50m e dos 200m livre em sua classe e ainda foi ao topo do pódio no revezamento 4x100m livre, ajudou a equipe nacional a ganhou ouro em uma prova por equipes.
Na disputa derradeira desta penúltima noite de provas no México, porém, Daniel deu a impressão de que poderia “afundar” o time brasileiro e ficar muito atrás dos nadadores de Argentina e Estados Unidos no nado costas na abertura da prova. Porém, Ruan Souza depois foi buscar uma grande diferença em relação a outros dois concorrentes no nado peito e já fechou a primeira metade da prova na liderança.
Ele bateu na borda em primeiro lugar e deixou André Brasil em ótimas condições para disparar no estilo borboleta, antes de Phelipe Rodrigues também partir absoluto rumo ao ouro nos últimos 100 metros, no nado livre. No fim, o quarteto brasileiro fechou na frente com o tempo de 4min32s23, ostentando mais de 11 segundos de vantagem sobre a equipe argentina, que levou a prata com 4min44s05. O terceiro lugar ficou com o time dos Estados Unidos, bronze ao fechar a prova em 4min55s79.
Ao total, Daniel Dias contabiliza 36 medalhas em Mundiais, sendo que estas outras seis que não são douradas foram de prata, em outra evidência de seu poderio como nadador paralímpico, em um festival de pódios que ajudou a tornar possível o feito de ter recebido por três anos em sua carreira o Prêmio Laureus, considerado o “Oscar do Esporte”. E a carreira e a vida de superação de Daniel, de fato, é digna de um filme.