Passado o choque inicial provocado pela pandemia do novo coronavírus, a produção industrial engatou uma sequência de meses de recuperação e já está 1,4% acima do patamar de fevereiro: 15 das 26 atividades investigadas já operam em nível superior ao pré-crise sanitária. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro foram os registrados pelas atividades de equipamentos de informática, que operam 16,8% acima do nível pré-pandemia, produtos de madeira (14,1%) e minerais não metálicos (13,7%). No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de fevereiro são impressão e reprodução de gravações (-18,3%), outros equipamentos de transporte (-15,1%) e artigos de vestuário (-14,6%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 3,5% acima do nível de fevereiro, enquanto a de bens intermediários é 3% superior. Por outro lado, os bens duráveis estão 4,2% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis, apenas 0,1% aquém.
Atualmente, a produção industrial do País ainda opera 14,9% abaixo do ápice alcançado em maio de 2011.
Na categoria de bens de capital, a produção chegou a outubro 32,8% abaixo do pico registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 26,5% abaixo do ápice de junho de 2013. Os bens intermediários estão 13,6% aquém do auge de fevereiro de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 11,0% inferior ao pico de junho de 2013.