O mercado de trabalho brasileiro registrou em setembro o terceiro mês consecutivo de recuperação no emprego formal. Houve a abertura líquida de 313.564 vagas com carteira assinada em setembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados há pouco pelo Ministério da Economia. O resultado de setembro decorreu de 1.379.509 admissões e 1.065.945 demissões.
O mercado financeiro já esperava um novo resultado positivo no mês passado. O desempenho do Caged em setembro ficou acima do intervalo das estimativas de analistas consultados pelo <b>Projeções Broadcast</b>. As projeções eram de abertura líquida de 140.000 vagas a criação de 301.551 vagas em setembro, com mediana positiva de 230.000 postos de trabalho.
Nos quatro meses de auge da pandemia de covid-19 (de março até junho), o Caged registrou 1,595 milhão de demissões líquidas. Já entre julho e setembro, 697.296 postos formais foram recriados, uma recuperação de 43,73%.
No acumulado do ano até setembro, o saldo do Caged ainda ficou negativo em 558.597 vagas, o pior desempenho desde 2016, quando foram fechados no período 683.597 postos.
<b>Setores</b>
Este é o terceiro resultado positivo consecutivo no Caged e foi impulsionada pelo bom desempenho da indústria geral no mês passado. O setor liderou a criação de vagas com 110.868 postos formais, mais de um terço do saldo positivo no mês.
Já os serviços recuperaram 80.481 vagas no mês passado, enquanto houve um saldo positivo de 69.239 contratações no comércio. Setembro registrou ainda abertura líquida de 45.249 empregos formais na construção civil e de 7.751 vagas na agropecuária.
Em setembro, todas as Unidades da Federação registraram resultado positivo no Caged. Em termos absolutos, os maiores saldos no mês foram em São Paulo (75.706), Minas Gerais (28.339) e Santa Catarina (24.827).
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.740,63, em agosto, para R$ 1.710,97 em setembro.