Fenômeno das piscinas com apenas 20 anos, Katie Ledecky tem um objetivo que destoa de sua importância para a natação mundial. Antes de pensar em Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e nas próximas conquistas, a meta da norte-americana é focar nos estudos e mostrar o mesmo visto nas águas dentro de uma sala de aula. Em nome do sonho de ser uma universitária, ela abriu mão de cerca de US$ 5 milhões (cerca de R$ 16,2 milhões) em patrocínios.
Ledecky é uma das candidatas ao prêmio de melhor atleta mulher do ano no Prêmio Laureus. Ela compete com as suas compatriotas Allyson Felix, Mikaela Shiffrin, Serena Williams, com a espanhola Garbiñe Muguruza e com a sul-africana Caster Semenya. “É uma grande honra. É o terceiro ano que sou indicada e é sempre uma honra esse reconhecimento. É uma honra ser reconhecida por um grupo tão prestigiado”, disse a atleta.
A nadadora está cursando a Universidade de Stanford. “Agora estou concentrada na temporada colegial. Teremos campeonatos da NCAA (campeonatos universitários) e esse é o meu foco a curto prazo neste momento”, explicou a nadadora, que era para ter iniciado a universidade em 2016, mas adiou o estudo por causa dos Jogos no Rio, onde venceu os 200m, os 400m e os 800m livre e ainda o revezamento 4x200m livre, além de conquistar uma prata no 4x100m livre.
Apesar do foco nos estudos, a americana deixa claro que também quer a vaga para Tóquio. “É um desafio se qualificar para a Olimpíada, especialmente o quão é forte a natação nos Estados Unidos. Sei que vou continuar treinando muito e me preparar da melhor forma para as eliminatórias”, avisou.
Ledecky demonstra que, apesar de jovem, tem maturidade para lidar com a pressão de todo o mundo esperar por mais resultados marcantes em sua carreira. “A melhor coisa que eu tenho que fazer é não focar nas expectativas externas. Enquanto eu me concentrar em meus objetivos pessoais, as coisas vão acontecer. Se as pessoas esperam que eu ganhe um certo número de medalhas, é a vontade delas. Não é algo que vou me concentrar. Eu certamente gostaria de continuar a competir neste nível e melhorar a cada dia, mas o fato é que as coisas vão ficando cada vez mais difíceis para mim quando eu for rápido”, comentou.
No total, ela conta com sete medalhas em Jogos Olímpicos, todos no estilo livre. Ela foi ouro nos 800m em 2012 (Londres), 200m, 400m, 800m e 4x200m em 2016 (Rio) e ainda ficou com a prata no 4x100m também no Rio. Já em Mundiais, a norte-americana ganhou quatro ouros em Barcelona, em 201, nas provas dos 400m, 800m, 1500m e 4x200m, e ainda faturou mais cinco pódios dourados em Kazan-2015 – 200m, 400m, 800m, 1500m e 4x200m.