A Copa Davis, tradicional competição masculina entre países, pode ter uma grande reformulação a partir de 2019. A ITF (Federação Internacional de Tênis) anunciou nesta segunda-feira possíveis mudanças que podem transformar o torneio em uma espécie de Copa do Mundo de tênis. A partir da próxima edição, o evento seria disputado entre 18 países, em uma semana, com jogos decididos em melhor de três sets. Dezoito países participariam da elite, que teria sede única com fase de grupos e playoffs a partir das quadras de final até a definição do campeão.
As mudanças propostas, que foram aprovadas por unanimidade por um quadro de diretores da ITF, fazem parte de um plano de negócio de 25 anos, com valor de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) com o fundo de investimentos Kosmos. A empresa parceira foi fundada e tem como presidente o zagueiro Gerard Piqué, que atualmente defende o Barcelona e a seleção da Espanha. A ideia é ter um maior retorno financeiro da competição.
Com o novo investimento, o prêmio recebido pelos vencedores da Copa Davis pode aumentar. O torneio ainda coroaria a temporada, sendo disputado apenas em novembro, durante a semana que tradicionalmente recebe as finais da Copa Davis. “Nosso objetivo é criar um grande fim de temporada, que será um festival de tênis e entretenimento, junto aos maiores jogadores do mundo representando suas nações”, afirmou David Haggerty, presidente da ITF.
A proposta ainda precisa da aprovação na Reunião Geral Anual da ITF, que acontecerá em agosto em Orlando, na Flórida (Estados Unidos). São necessários dois terços de votos a favor para que o projeto seja aprovado e colocado em prática já a partir de 2019.
Gerard Piqué afirmou estar ansioso pelo projeto. “A Kosmos está entusiasmada por participar desta parceria com a ITF. Juntos, podemos levar a Copa Davis a um novo patamar, criando uma Copa do Mundo com as melhores nações e melhores jogadores. A Kosmos também investirá US$ 3 bilhões ao longo de 25 anos no tênis, que ajudará a desenvolver o esporte em todo o mundo”, disse o jogador do Barcelona.
Já a recente mudança adotada nos zonais, com jogos em melhor de três sets e confrontos disputados em dois dias, será mantida. As eliminatórias continentais dos Grupos I e II continuariam com sistema de jogos dentro e fora de casa espaçados em três semanas no calendário. Já os Grupos III e IV seguem com eventos de uma semana e fases de grupos.