Para Renan Dal Zotto, técnico da seleção brasileira de vôlei, Bebeto de Freitas foi a pessoa que mais lhe inspirou profissionalmente, na carreira de jogador e de técnico. “É um cara que vai deixar saudade irreparável”, disse ao Sportv.
Bebeto de Freitas morreu na tarde desta terça-feira de parada cardíaca, com 68 anos. Ele estava no centro de treinamento do Atlético-MG, clube que atuava como dirigente, quando passou mal e faleceu antes de ser levado para o hospital.
Renan foi jogador da seleção brasileira de vôlei nos anos 80, time que tinha Bebeto de Freitas como técnico. Os dois entraram para a história do esporte nacional com o vice-campeonato nos Jogos Olímpicos de Los Angeles e ficaram conhecidos como a Geração de Prata do vôlei nacional.
“Momento bastante triste para todos nós, do vôlei. Bebeto sempre foi uma fonte de inspiração. Pude ser dirigido por ele durante muitos anos. Foi um grande amigo, ele está na história do esporte. Notícia difícil de se acreditar. Ele sempre estará dentro dos nossos corações”, lamentou Renan.
O atual técnico da seleção brasileira revelou que mantinha contato constante com Bebeto de Freitas. Eles participavam de um grupo de Whatsapp da Geração de Prata. “A gente conversava semanalmente. Realmente a gente fica muito abalado, é uma perda irreparável.
Além da parceria na seleção, Renan foi comandado por Bebeto no Maxicono Parma, da Itália, onde conquistaram juntos dois títulos nacionais no início dos anos 90. “Ele é um dos profissionais mais admirados, respeitados, tem o reconhecimento de todos no esporte italiano. Os amigos da Itália vão sentir muito essa perda. Bebeto deixa uma saudade muito grande”, disse.
Bebeto também dirigiu a seleção da Itália, onde conquistou a Liga Mundial em 1997, com direito a vitória sobre o Brasil nas semifinais, no Maracanãzinho. A partida ficou marcada pela não comemoração do treinador pelo triunfo. No ano seguinte ele ainda levou os italianos à conquista do Mundial, na Rússia.