Após abrir com alta de mais de 3%, o mercado de câmbio desacelera o ajuste, em meio ao anúncio de medidas emergenciais adotadas pelo Conselho Monetário Nacional na manhã desta segunda-feira, 16, que estão sendo anunciadas pelo Banco Central. O objetivo é ajudar a economia a enfrentar os efeitos do coronavírus, segundo o BC. No exterior, neste domingo, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) voltou a cortar juro em 1 pp, para 0% a 0,25%, e adotou uma série de estímulos ontem conjuntamente com vários BCs.
Entre os estímulos anunciados, o BC diz que a medida permite aumentar a concessão de crédito no sistema financeiro nacional em torno de R$ 637 bilhões e também amplia folga de capital em R$ 56 bilhões. A autoridade monetária afirma ter amplo arsenal de instrumentos e adotará medidas necessárias.
O dólar futuro de abril já entrou duas vezes em leilão, na abertura e depois em meio a quedas em reação a essas medidas de estímulo. O dólar à vista abriu a R$ 4,9767 (+3,33%) e o dólar abril iniciou a sessão a R$ 4,980 (+3,05%)
Há expectativas de que um corte da Selic, de até 100 pontos-base, possa ser anunciado ainda nesta segunda, em reunião extraordinária, como fizeram o Federal Reserve e Banco do Japão. A Febraban também deve anunciar hoje medidas de apoio do sistema financeiro.
Às 9h37, o dólar à vista subia 2,20%, a R$ 4,9212. O dólar para abril estava em alta de 1,95%, a R$ 4,9280.