Com o Brasil entrando de vez na rota do coronavírus e o anúncio de estado de pandemia pela OMS, produtoras e instituições culturais passaram a se mobilizar para adiar ou cancelar eventos. Em São Paulo, a organização da SP-Arte, maior feira de arte do País, anunciou a suspensão da 16.ª edição, que ocorreria em abril, no Pavilhão da Bienal. Os principais museus e centros culturais da cidade também alteraram suas atividades. O Masp mantém as portas abertas, mas suspende palestras, oficinas e cursos e reduziu o número de visitantes.
Outros espaços tomaram atitudes mais drásticas: o CCBB, que então recebia uma grande exposição sobre o Egito Antigo, decidiu suspender todas as suas atividades. Enquanto isso, várias galerias optaram por cancelar vernissages e receber visitas apenas mediante agendamento.
A programação musical também foi bastante afetada: artistas como Maria Bethânia, Elza Soares e Backstreet Boys tiveram shows cancelados no fim de semana. Apresentações de atrações internacionais que viriam nos próximos dias, como a banda The Offspring e a cantora Lindsey Stirling, foram adiadas por tempo indeterminado. Temporadas clássicas, como a da Osesp e a da Cultura Artística, estão agora suspensas.
Espetáculos teatrais também entraram na mira. Recém-chegados aos palcos, Silvio Santos Vem Aí! e Donna Summer Musical estão suspensos. Já o musical Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate, previsto para o dia 19, terá sua estreia adiada. Já o Teatro Vivo suspendeu desde ontem, dia 15, toda a programação em cartaz.
Os cinemas do Complexo Itaú optaram por vender no máximo 60% da capacidade de cada sala, mas a programação estará, de todo modo, enfraquecida. A estreia do próximo filme da saga de James Bond, 007 – Sem Tempo para Morrer, por exemplo, foi adiada de abril para novembro.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>