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Palmeiras faz 4ª final estadual em 20 anos e pode se isolar como 2º maior campeão

Ao eliminar o Santos na última terça-feira nas semifinais do Campeonato Paulista, o Palmeiras não apenas garantiu uma decisão inédita neste século na competição. O avanço também permitiu ao time a chance de fazer o clube se isolar como segundo maior campeão da história do torneio, cujo recordista de títulos é o Corinthians, com 28 troféus.

Contra o vencedor do mata-mata entre corintianos e são-paulinos, que se enfrentarão no duelo de volta da semifinal nesta quarta-feira, às 21h45, na Arena Corinthians, o Palmeiras buscará a sua 23ª taça estadual. Se atingir este objetivo, deixaria para trás o Santos, que também ganhou o Paulistão por 22 vezes, e abriria vantagem sobre o São Paulo, dono de 21 troféus da tradicional competição.

Vale lembrar que a Federação Paulista de Futebol (FPF) considera como legítimos, com justiça, os oito títulos estaduais que o Palmeiras conquistou como Palestra Itália, antes de erguer a primeira taça do torneio com o seu atual nome em 1942.

E, se por um lado está no Top 3 dos maiores campeões do Estado, o clube fará neste 2018 apenas a sua quarta final de Paulista em 20 anos. Nas duas últimas décadas, o clube só esteve na decisão em 1999, quando foi batido pelo Corinthians; em 2008, quando superou a Ponte Preta para ser campeão pela última vez; e em 2015, quando o troféu escapou nos pênaltis diante do Santos.

Ou seja, o time palmeirense tentará encerrar um jejum no Estadual que está completando dez anos. O São Paulo, por sua vez, luta contra uma seca de títulos paulistas que dura desde 2005, quando faturou o seu 21º e último troféu do principal torneio do Estado.

Atual campeão, o Corinthians jogará nesta quarta-feira com a missão de reverter a vantagem de 1 a 0 que os são-paulinos conquistaram na partida de ida da semifinal, no último domingo, no Morumbi. Para alcançar a decisão no tempo normal, a equipe alvinegra precisa ganhar por dois gols de diferença – um triunfo por vantagem mínima levará a definição da vaga às cobranças de penalidades.

Caso superem o São Paulo, os corintianos reencontrariam os palmeirenses na final pela primeira vez desde 1999, ano em que a rivalidade histórica entre os clubes se acirrou ainda mais depois que a equipe alviverde eliminou o adversário da Copa Libertadores em um épico mata-mata válido pelas quartas de final. Depois disso, o Palmeiras ficaria com título ao eliminar o River Plate na semifinal e ao superar o Deportivo Cali, da Colômbia, na decisão.

OUTRO JEJUM EM JOGO – Se o Palmeiras tenta encerrar uma incômoda fila de títulos estaduais, o São Paulo não disputa uma autêntica decisão de Paulistão desde 2003, quando caiu diante do Corinthians na luta pelo título. Isso pelo fato de que em 2005 o Estadual foi realizado no formato de pontos corridos, em turno único, com 20 clubes participantes. Naquela ocasião, fechou a sua campanha com 45 pontos, contra 37 dos corintianos (vice-campeões) e do Santos, terceiro colocado nos critérios de desempate.

Um avanço são-paulino nesta quarta-feira à noite também faria o clube do Morumbi reeditar contra os palmeirenses uma decisão do Campeonato Paulista que não acontece desde 1992. Naquela ocasião, em meio à grande fase do time de Telê Santana que conquistaria o bicampeonato da Libertadores e do Mundial de Clubes, o São Paulo derrotou o Palmeiras no início da chamada Era Parmalat no clube alviverde.

Apoiado pelo alto investimento da multinacional italiana que montou um forte esquadrão, o Palmeiras faturou o bicampeonato estadual e brasileiro com os troféus de 1993 e 1994, ano em que o São Paulo chegou a ser vice-campeão paulista. Porém, aquele Estadual ocorreu no formato de pontos corridos, depois de o clube do Palestra Itália ter encerrado o seu longo jejum de 17 anos sem títulos derrotando o Corinthians na decisão do Paulistão de 1993.

De qualquer forma, independentemente de quem avançar nesta quarta-feira à noite, o Palmeiras travará uma final histórica contra Corinthians ou São Paulo. O primeiro jogo da luta pelo título será já neste sábado, pois o time dirigido por Roger Machado não poderia atuar no domingo porque na terça-feira jogará pela Copa Libertadores contra o Alianza Lima, no Allianz Parque. O confronto de volta da decisão do Paulistão está marcado para o dia 8 de abril, quando os palmeirenses já sabem que terão a vantagem de atuar como mandantes pela melhor campanha realizada ao longo da competição.

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