A final do Campeonato Paulista, neste domingo, teve nos últimos dias os dois rivais do mesmo lado de um conflito. Palmeiras e Corinthians insistiram no plano de realizarem neste sábado pela manhã treinamentos abertos à torcida, em postura oposta à da Polícia Militar (MP) e do Ministério Público (PM). Os clubes garantem que receberão o público na véspera da decisão, mesmo com a reprovação das autoridades pelo temor com a segurança pública.
A estimativa é de até 60 mil pessoas irem aos dois treinamentos e utilizarem como principal acesso aos estádios a Linha 3-Vermelha do metrô. “Dentro do estádio e na área ao redor, não há problema de segurança. O perigo é com os deslocamentos pelo metrô e o risco de conflitos pela cidade, que podem atrapalhar outras pessoas”, afirmou o Major Alexandre Vilariço, do 2.º Batalhão de Choque da PM.
Apesar da crítica à realização dos dois treinamentos abertos no mesmo horário, o Major Alexandre Vilariço admite que se for necessário, o Batalhão de Choque tem condições de se organizar e garantir um cuidado extensivo para outras regiões da cidade além das proximidades dos dois estádios.
O Estado apurou que o Batalhão de Choque comunicou aos dois clubes que estará presente nas arenas para garantir a segurança de quem comparecer aos treinamentos. Palmeiras e Corinthians já começaram a organizar a recepção dos torcedores. As duas equipes trocarão ingressos para os treinos por 1 kg de alimento, que será encaminhado para doação.
O Palmeiras nunca fez um treinamento aberto desde a inauguração do Allianz Parque, em novembro de 2014. A tendência é apenas o setor inferior do estádio ser liberado em um primeiro momento e apenas em caso de lotação dele será aberto o anel superior. A atividade deve ter a presença do ex-goleiro Marcos. O ídolo do clube verá o trabalho do seu camarote.
“Acho ótimo o treino aberto. O apoio do torcedor é importante. O que a gente quer é que cada uma das torcidas possa apoiar sem time sem maiores problemas”, disse o técnico do Palmeiras, Roger Machado.
Já o Corinthians fez treinos abertos em outras ocasiões – sempre antes de clássicos – e a Arena em Itaquera contou com bom público. O local nunca teve policiamento e nenhum incidente foi registrado. “É fundamental esse apoio que o torcedor vai nos dar. Ele não vai para arrumar briga, vai cantar e dar apoio. O certo mesmo eram as duas torcidas no jogo. Eu, como jogador, apoio torcedor sempre no estádio”, disse o meia Danilo.