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São Paulo sobrevive à pressão na Argentina e empata na estreia da Sul-Americana

O São Paulo sobreviveu à pressão do Rosario Central e arrancou um empate por 0 a 0 na estreia na Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira, no estádio Gigante de Arroyito, em Rosário, na Argentina. Equilibrado taticamente mesmo com 10 jogadores desde os 35 minutos do tempo inicial, o clube brasileiro fez um bom jogo e acertou uma bola na trave no segundo tempo, em um belo chute de Nenê, um dos destaques da partida. O jogo de volta será no dia 9 de maio, no estádio do Morumbi. Uma vitória simples classifica o São Paulo – empate com gols classifica o time argentino.

O clima foi tenso entre os torcedores no estádio Gigante de Arroyito. Os argentinos chamaram os são-paulinos de “macacos”, gritavam “banana” e fizeram gestos racistas. Os brasileiros teriam roubado uma faixa da torcida do Rosario Central.

A estratégia do São Paulo foi a mesma da maioria dos brasileiros nos torneios sul-americanos em jogos fora de casa: tentar suportar a pressão dos donos da casa nos 15 minutos iniciais. Depois especular algum contra-ataque. Foi difícil. Com um minuto, o Rosario Central criou a primeira chance com um chute perigoso de Marco Rubén. Aos 26, falta bem batida por Zampedri. Além disso, o time teimava em cruzar a bola na área. Com grande atuação, o zagueiro equatoriano Arboleda rebateu todas.

O time do técnico uruguaio Diego Aguirre sobreviveu aos 15 minutos iniciais e conseguiu respirar, com a bola no pé, a partir da metade do primeiro tempo. O sistema com três zagueiros, escolhido para fortalecer a defesa e desafogar as laterais, funcionou. A pressão continuou, o time argentino esteve sempre perto do gol, mas os zagueiros rebateram todas. Principalmente pelo lado direito, com Régis e Petros, a equipe mostrou que estava vivo no jogo. A contusão de Reinaldo, que teve de ser substituído por Lucas Fernandes, não provocou fendas na defesa. Liziero passou a jogar mais recuado e Lucas Fernandes entrou bem.

A pressão aumentou novamente aos 36 minutos. O árbitro peruano Victor Hugo Carrillo foi rigoroso ao expulsar Rodrigo Caio após uma disputa pelo alto com Marco Rubén. Acabou o esquema com três zagueiros e avanço para as laterais. O time voltou ao seu objetivo inicial: sobreviver à pressão.

O Rosario Central tinha entusiasmo, intensidade, muitas jogadas aéreas e a força da torcida no estádio Gigante de Arroyito, mas esbarrava na ruindade de alguns atletas. Ruindade mesmo. Erros de passes e cruzamentos tortos fizeram com que o time da Argentina aproveitasse pouco a vantagem de um jogador a mais. Com isso, o São Paulo se permitiu avançar e quase equilibrar o jogo. Aos 17 minutos, Nenê acertou um belo chute no ângulo.

Aos 36 minutos, Carrizo, que já tinha cartão amarelo, foi expulso após falta em Militão. O equilíbrio tático se estendia também ao número de jogadores: 10 a 10. O time argentino passou a jogar apenas nas bolas altas e sufocou nos minutos finais, mas conseguiu poucas chances reais.

FICHA TÉCNICA

ROSARIO CENTRAL 0 x 0 SÃO PAULO

ROSARIO CENTRAL – Ledesma; Gómez, Tobio, Cabezas e Parot; Gonzáles (Fernández), Carrizo, López e Lovera (Pereyra); Zampedri e Marco Rubén (Herrera). Técnico: Leonardo Fernández.

SÃO PAULO – Sidão; Militão, Rodrigo Caio e Arboleda; Régis (Bruno Alves), Jucilei, Liziero, Petros e Reinaldo (Lucas Fernandes); Nenê e Tréllez (Valdívia). Técnico: Diego Aguirre.

CARTÕES AMARELOS – Gonzáles, Marco Rubén, Parot e Zampredi (Rosario Central); Régis (São Paulo).

CARTÕES VERMELHOS – Carrizo (Rosario Central); Rodrigo Caio (São Paulo).

ÁRBITRO – Victor Hugo Carrillo (Fifa/Peru).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Gigante de Arroyito, em Rosário (Argentina).

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