A tenista Beatriz Haddad Maia precisará ser submetida a uma cirurgia em razão das dores nas costas que vem atrapalhando o seu rendimento desde o início de maio. A operação será realizada nesta quinta-feira, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o que vai afastar a número 1 do Brasil das quadras por três meses. Seu retorno deve acontecer somente no US Open, no fim de agosto.
De acordo com os médicos da atleta, uma hérnia de disco lombar vinha sendo a responsável pelas dores da tenista. O incômodo a obrigou a desistir dos Torneio de Roma e Estrasburgo e também de Roland Garros, que terá início no domingo. Bia tinha vaga direta garantida na chave principal em Paris.
Foi justamente na capital francesa que as dores aumentaram e a tenista decidiu voltar ao Brasil no início da semana. “A Bia iniciou um quadro de dor por hérnia de disco lombar, que está sendo acompanhada por uma equipe interdisciplinar. Nós tentamos todos os recursos, mas pela evolução do quadro optou-se por um procedimento cirúrgico”, diz o fisiatra Ricardo Diaz Savoldelli.
A operação servirá para remover a pressão sobre o nervo, o que causa a forte dor na atleta. “Ela está passando por uma fase de intensa dor e o tratamento proposto é uma cirurgia para tirar essa hérnia e promover uma descompressão do nervo. Isso vai permitir a melhora da dor precoce, uma reabilitação mais rápida e um retorno às quadras também mais rápido”, explica o ortopedista Guilherme Meyer.
Segundo Meyer, que será o responsável pela cirurgia, o procedimento é simples. “A Bia deve ficar um dia no hospital e não vai ter nenhum tipo de imobilização no pós-operatório”, afirma o médico. Ele acredita que Bia poderá retomar os treinos normalmente a partir do terceiro mês de reabilitação. Assim, a expectativa é de que seu retorno aconteça somente no US Open, o quarto e último Grand Slam da temporada.
O processo de recuperação, pelos próximos dois meses, vai tirar Bia também de Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada. Nesta quarta, ela recebeu a notícia de que estava garantida também na chave principal do tradicional torneio inglês. No entanto, evitou lamentar a ausência do circuito.
“Como eu sempre digo, a minha saúde vem sempre em primeiro lugar. Preciso estar 100% saudável para fazer o que mais amo nesse mundo que é jogar tênis. Infelizmente, as coisas nem sempre acontecem do jeito que a gente espera, mas já passei por outras situações difíceis e saí mais fortalecida”, afirma Bia, atual 89ª do ranking.
Com poucos torneios nos últimos meses e com a ausência em Roland Garros e nas competições dos próximos meses, ela vai sofrer uma dura queda no ranking da WTA. A tenista vai deixar o Top 100 ao fim da competição em Paris e deve se afastar da lista das 100 melhores nas semanas seguintes.