O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta sexta-feira, 31, que a dívida líquida total do setor público consolidado, de 47,4% do PIB em fevereiro, chegou ao seu maior patamar desde março de 2006, quando estava em 47,7% do PIB.
Já a dívida bruta do governo geral, em 70,6% do PIB em fevereiro, foi a segunda maior da série histórica, ficando atrás apenas do pico 71% do PIB em novembro de 2016.
“Com a devolução antecipada de valores do BNDES ao Tesouro no fim do ano passado, a dívida bruta caiu para 69,9% do PIB, mas voltou a crescer em janeiro para 70,0% do PIB e agora para 70,6%”, relatou Rocha.
Março
O chefe adjunto do Departamento Econômico do BC informou também nesta sexta as novas projeções da autoridade monetária para as dívidas líquida e bruta em março e para este ano.
Considerando um câmbio de R$ 3,12, a projeção do BC é de que a dívida líquida continue sua trajetória de crescimento em março e chegue a 47,9% do PIB. Já a dívida bruta deve chegar a 71,1% do PIB em março, um novo recorde na série histórica.
Já a previsão para o ano considera o cumprimento da meta fiscal, os parâmetros previstos no Relatório de Mercado Focus – IPCA, Selic e câmbio – e um crescimento do PIB de 0,5%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Nesse cenário, a dívida líquida deve chegar a 52,4% do PIB ao fim de 2017 e a dívida bruta deve ficar em 76,2% do PIB.