O técnico Joachim Löw anunciou nesta quarta-feira a lista de 23 jogadores convocados para os jogos da seleção da Alemanha em setembro – contra França e Peru -, a primeira depois do fiasco na Copa do Mundo da Rússia, e falou também de um tema polêmico desde a eliminação precoce na fase de grupos: o racismo contra o meia Mesut Özil, que após o Mundial anunciou a sua aposentadoria da equipe nacional.
Comandante da seleção alemã desde 2006 – foi auxiliar de Jurgen Klinsmann nos dois anos anteriores -, Löw negou qualquer tipo de racismo na seleção, antes ou durante a competição realizada na Rússia em junho e julho deste ano.
“Desde que estou na Federação Alemã nunca aconteceu nenhuma forma de racismo na equipe nacional, os jogadores sempre se identificaram com nossos valores”, declarou Löw na entrevista coletiva realizada em Munique para anunciar a lista de convocados para o jogo contra a França, em 6 de setembro, pela estreia na Liga das Nações, e para o amistoso contra o Peru, três dias depois.
Özil foi o pivô de uma crise antes da Copa do Mundo por causa de fotos que tirou ao lado do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o que para alguns setores de seu país indicava a falta de compromisso do jogador com os valores da Alemanha. O atleta do Arsenal, de família de origem turca, nasceu em Gelsenkirchen.
Em um comunicado poucos dias depois da eliminação no Mundial, Özil anunciou a sua aposentadoria da seleção e acusou principalmente o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão), Reinhard Grindel, de racismo.
Löw admitiu que não teve contato com Özil desde então. “O jogador não me ligou. Normalmente os jogadores fazem isto quando decidem se aposentar (da seleção)”, afirmou o técnico, antes de informar que recebeu uma ligação de um representante do atleta. “Ainda não me ligou. Eu tentei entrar em contato por mensagem e por telefone”.