Depois de ver o Cruzeiro vencer o Corinthians por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, e abrir vantagem na final da Copa do Brasil, o técnico Mano Menezes exaltou o fim do jejum do time em partidas em casa nesta edição da competição e também enalteceu o desempenho da equipe mineira, dominante diante do rival paulista.
“Primeiro vamos falar da atuação da equipe. Vínhamos de uma eliminação na Copa Libertadores, então tínhamos que ter postura para tentar buscar a primeira vitória dentro de casa. Não havíamos vencido nenhum jogo como mandantes. Trazíamos essa carga com a gente e precisávamos desmanchar isso. A equipe teve personalidade, teve jogo, teve controle”, elogiou o comandante, em entrevista coletiva, na qual em seguida exibiu certa cautela ao projetar o confronto de volta da decisão, na próxima quarta-feira, na Arena Corinthians.
“Eu estou satisfeito com o que a equipe apresentou. Os (atuais) campeões (da Copa do Brasil) também precisam ser humildes de saber que do outro lado tem uma grande equipe, com os mesmos propósitos que a gente. Fizemos a primeira parte da final. Vamos disputar o título em São Paulo na quarta-feira que vem. Estamos vivos para disputar o título”, reforçou o treinador, sem comemorar de maneira efusiva o fato de poder empatar fora de casa para assegurar o título da competição nacional.
Já ao comentar a escalação de Ariel Cabral no lugar de Lucas Silva no time titular para este duelo de ida da final, o treinador explicou que optou pelo primeiro destes atletas pelas características atuais do time corintiano.
“Ariel Cabral entrou porque eu queria equilibrar um jogador canhoto para dar equilíbrio de passagem ao lado esquerdo. Também entendi que os nossos volantes deveriam armar mais o jogo, porque o Corinthians jogou com linhas baixas (de marcação) em partidas anteriores e foi o que aconteceu hoje (quarta-feira). E Ariel Cabral é um pouco mais meia do que o Lucas Silva. O Lucas é volante. A escolha foi para dar uma saída natural (ao ataque) pelo lado esquerdo, por um jogador para apoiar e buscar o passe para frente em direção a Rafinha. Acho que funcionou bem”, analisou.
Em seguida, Mano enfatizou: “O Lucas não saiu porque estava jogando mal. Apenas foi uma questão estratégica para esse jogo em que sabíamos que teríamos a posse da bola e precisaríamos de criação dos dois lados. As coisas funcionaram bem”.