A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) abandonou a ideia de vender o estádio de Wembley, em Londres, após o magnata paquistanês/norte-americano Shad Khan retirar a sua oferta por causa da rejeição popular.
Khan, que é dono do Fulham e da franquia Jacksonville Jaguars, da NFL, esperava conseguir fechar rapidamente o negócio, depois de oferecer, em abril, 600 milhões de libras (R$ 2,58 bilhões) por Wembley. Mas a proposta sofreu resistência por parte de vários integrantes do conselho da FA, que são contra a venda do tradicional estádio londrino para um investidor estrangeiro.
O Conselho da FA deveria votar a venda na próxima semana, mas Khan disse que “concluiu que o resultado de uma votação na próxima semana seria longe de ser suficiente para expressar o amplo apoio a favor do presidente da FA para vender Wembley”.
Uma apresentação da FA na última terça-feira aos membros do seu conselho e dirigentes de agências regionais apresentou críticas à possibilidade de venda. “É como vender o Palácio de Buckingham a Donald Trump”, disse um jogador não identificado durante uma gravação.
A diretoria da FA fez uma consulta pública a 22,5 mil pessoas, incluindo dirigentes de clubes e ligas, árbitros, jogadores adultos e jovens, treinadores, voluntários e membros do público em geral para saber as opiniões sobre a possibilidade de uma venda.
Cerca de 45% dos jogadores de base perguntados pela FA não apoiaram a venda, com apenas 38% sendo a favor. Apenas em um dos nove grupos de pessoas questionadas pela FA – jogadores jovens -, houve mais apoio do que oposição. A maioria dos torcedores e membros do público em geral foi contrária à negociação.