O governo do Rio de Janeiro busca alternativas fora da capital para driblar a crise. As expectativas estão focadas, sobretudo, sobre o desenvolvimento dos mercados de Cabo Frio, na região dos lagos, especializado em moda, e de Santo Antônio de Pádua, no noroeste fluminense, reconhecido pelo comércio de rochas ornamentais.
O projeto de uma política de desenvolvimento local vai ser apresentado na próxima quinta-feira, 4, em evento que recebe o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O modelo foi testado com sucesso em Cabo Frio e Santo Antônio de Pádua. A ideia agora é estender a outras regiões com o apoio do banco de fomento.
A política se apoia nos potenciais de crescimento de cada região, o que o governo classifica como arranjos produtivos locais (APL). “Apesar de serem distintos entre si, os dois APLs, de Moda e de Rochas, apresentavam características semelhantes, que eram o elevado índice de informalidade e dificuldades de interlocução entre os integrantes do setor”, avalia a subsecretária de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, Dulce Ângela Procópio.
Pesquisa realizada com 91 empresas do segmento de moda de Cabo Frio e do município vizinho de Búzios pelo Sebrae/RJ demonstrou que há um esforço empreendedor na região que elevou o faturamento de 2013 a 2017. No período, o porcentual de empresas que rompeu a marca de R$ 1 milhão em faturamento passou de 1% para 13%.
“A ideia é que a metodologia desenvolvida seja aprimorada e replicada não somente em outros APLs no Estado do Rio, mas até mesmo levada para outras regiões, afirmou a especialista do Fundo Multissetorial de Investimentos (Fumin) do BID, Luciana Botafogo.