Os juros futuros fecharam em baixa e com as algumas das principais taxas nas mínimas da sessão, que teve volume menor de contratos negociados. Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (166.190 contratos) fechou em 9,440%, de 9,480%. O DI para janeiro de 2019 (180.190 contratos) caiu de 9,35% para 9,31%. O DI janeiro de 2021 (128.745 contratos) encerrou na mínima de 9,92%, de 10,00% no último ajuste.
As taxas já mostravam movimento de queda desde a parte da manhã, em linha com o dólar e ainda refletindo a percepção de que a greve geral da sexta-feira não compromete o andamento e as chances de aprovação da reforma da Previdência e, do mesmo modo, as manifestações durante o feriado do Dia do Trabalho. À tarde, o otimismo sobre a proposta ganhou força após declarações do presidente da comissão especial na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS), e as taxas renovaram as mínimas.
Marun admitiu que o relator da proposta, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), poderá apresentar um novo parecer amanhã, quando está marcado o início da votação do relatório no colegiado. O peemedebista afirmou que o governo quer aprovar o relatório ainda nesta semana na comissão e previu que há chances de a votação ser concluída já amanhã. Segundo Marun, o governo já tem certeza de que tem maioria para aprovar a reforma na comissão. “Temos absoluta segurança de que temos maioria”, declarou. Arthur Maia descartou, nesta tarde, mais mudanças no texto. “Fica tudo como está”, disse, ao deixar a comissão.
A agenda de indicadores não trouxe destaques nesta terça-feira, 2, mas o Boletim Focus continuou mostrando alívio, ainda que marginal, nas expectativas de inflação, o que endossa apostas na continuidade de um novo corte de pelo menos 1 ponto porcentual da Selic. A mediana das previsões para o IPCA em 2014 caiu de 4,04% para 4,03% e para 2018, de 4,32% para 4,30%. A mediana das estimativas para a Selic seguiu em 8,50% para o final de 2017 e 2018.