O dólar abriu esta quarta-feira, 3, em alta, sintonizado ao viés externo, mas perdeu força logo depois, em meio à alta do petróleo e queda dos juros futuros, na esteira dos fracos dados de produção industrial do País em março, que reforçam apostas em corte de 1 pp da Selic na reunião do Copom em 30 e 31 de maio.
A produção industrial caiu 1,8% em março ante fevereiro, pior do que o piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (-1,70% a +0,50%). Em relação a março de 2016, a produção subiu 1,1%, ficando abaixo da mediana das estimativas (+2,10%).
A moeda norte-americana renovou mínimas ante o real, na contramão do fortalecimento externo da moeda norte-americana, após os dados de emprego no setor privado dos Estados Unidos, com a criação de 177 mil empregos em abril, ante expectativa de abertura de 175 mil vagas.
Aqui, há otimismo em relação à aprovação do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. “A abertura em alta estava sintonizada com o viés externo e a queda se justifica agora pela divulgação da ADP que veio praticamente em linha com a previsão”, disse Jefferson Rugik, diretor da Correparti.
Nos EUA, o dado de criação de vagas pelo setor privado em março foi revisado para baixo, de 263 mil para 255 mil. A pesquisa da ADP/MA é considerada uma prévia do relatório mensal sobre o mercado de trabalho do governo dos EUA (o chamado “payroll”), que engloba também dados do setor público e será divulgado na sexta-feira, dia 5.
Às 9h36 desta quarta-feira, o dólar à vista recuava 0,34%, aos R$ 3,1444. O dólar futuro para junho caía 0,28% no mesmo horário, aos R$ 3,1675.