A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,11% em abril, após o avanço de 0,56% em março, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) divulgado na manhã desta sexta-feira, 5, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 1,30% no ano. Em 12 meses, a taxa do IPC-C1 ficou em 3,64%.
Em abril, o IPC-C1 ficou próximo da variação do indicador médio apurado entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, o Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que teve alta de 0,12% no mês. No acumulado em 12 meses, entretanto, a taxa do IPC-BR foi superior, registrando alta de 4,17%.
Na passagem de março para abril, houve desaceleração em três das oito classes de despesa componentes do IPC-C1: Habitação (1,22% para -1,00%), Vestuário (0,11% para -0,65%) e Despesas Diversas (1,01% para 0,02%). “Os destaques partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (5,75% para -7,83%), roupas (-0,27% para -0,73%) e cigarros (1,33% para 0,00%)”, diz a nota distribuída pela FGV.
Por outro lado, houve aceleração nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,61% para 1,27%), Comunicação (-1,53% para 0,58%), Alimentação (0,60% para 0,71%), Transportes (-0,15% para 0,12%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,19% para -0,02%).
A nota da FGV destacou as altas nos preços de medicamentos em geral (0,12% para 2,46%), tarifa de telefone residencial (-3,40% para -0,24%), hortaliças e legumes (3,97% para 14,42%), tarifa de transporte de van e similares (0,20% para 5,94%) e passagem aérea (-5,75% para -4,10%).