O Índice Bovespa recuperou parte das perdas dos últimos dois pregões e terminou o pregão desta sexta-feira, 5, em alta de 1,31%, aos 65.709,73 pontos. No acumulado da semana, obteve um ganho de 0,47%. O volume de negócios foi modesto e somou R$ 6,6 bilhões. A alta foi puxada principalmente pelas ações de commodities e do setor financeiro, justamente as que mais haviam caído na semana.
Com o petróleo recuperado do tombo de mais de 4% do dia anterior, Petrobras ON e PN avançaram 5,33% e 4,49%, respectivamente. Já as ações da Vale conseguiram avançar 2,76% (ON) e 2,05% (PN) apesar da queda de 5,3% do preço do minério de ferro no mercado à vista chinês. Banco do Brasil ON, que ontem caiu mais de 4%, hoje avançou 2,32%.
Sem previsão de movimentação importante no âmbito das reformas estruturais no Congresso, as principais expectativas do dia estavam concentradas desde o início do dia em eventos internacionais. Na agenda estavam os dados do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) e a fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. A chefe do BC norte-americano não falou sobre política monetária e dissipou a atenção dos investidores sobre novas pistas dos próximos passos do Fed. Mais cedo, no entanto, o payroll havia mostrado a criação de 211 mil postos de trabalho em abril, acima das 188 mil vagas esperadas pelo mercado. Por outro lado, o salário médio por hora trabalhada do setor privado teve alta de 0,27%, abaixo do 0,30% esperado.
Para a próxima semana, as atenções se concentram na votação dos destaques ao parecer do relatório da reforma da Previdência aprovado na quarta-feira. A votação está prevista para a terça-feira. No cenário internacional, o resultado da eleição presidencial na França também deve ter efeito já nos negócios da próxima segunda. Segundo operadores, a confirmação da vitória do centrista Emmanuel Macron deve dar combustível otimista aos mercados na Europa, Estados Unidos e também por aqui.