Técnico do Fortaleza, Rogério Ceni não garantiu permanência no clube cearense para a temporada de 2019. O ex-goleiro disse que, apesar da campanha de sucesso na Série B do Campeonato Brasileiro, é preciso ser realista quanto às chances do time na próxima temporada.
“Meu pensamento, no momento, é ser campeão brasileiro no meu segundo ano como treinador. Ser campeão marca história. É isso que eu tento passar para os jogadores. Confesso que vou dormir todas as noites com esse dilema pessoal, sobre ficar ou não. Mexe com você ver o Castelão com 50 mil pessoas, é algo especial. Por outro lado, temos de sentar e ver o planejamento. Temos de ser realistas, dificilmente vamos ser líderes no ano que vem. A Série A é uma competição diferente. O torcedor está empolgado, é claro. Mas como vai ser quando a situação for inversa?”, questionou Ceni em entrevista ao SporTV nesta quarta-feira.
O ex-goleiro lembrou da primeira vitória do Fortaleza na Série B deste ano, ainda na primeira rodada do torneio, por 2 a 1 sobre o Guarani, no Castelão. “Nosso objetivo no ano era chegar à final do Campeonato Cearense e ver o que poderia acontecer contra o Ceará, que tinha mais estrutura do que a gente por causa dos anos disputando a Série B e pelo acesso recente. Queríamos figurar na parte de cima no Campeonato Brasileiro, mas aquele gol de falta do Gustagol, coisa que ele nunca tinha feito na carreira, aos 49 minutos do segundo tempo, foi um combustível para essa nossa caminhada”, comentou.
A três rodadas do fim da Série B, o Fortaleza tem sete pontos de vantagem para o CSA, segundo colocado no torneio, e agora busca o título da competição. Ceni admitiu que a campanha tão dominante não era esperada. “Subir com quatro rodadas de antecedência era inesperado. Por mais que eu confiasse, é surpreendente”, afirmou o técnico, que detalhou quais são as características que ele tenta colocar em prática em seu time.
“O que eu gostaria de deixar no futebol é jogar com o objetivo de fazer gol. Quando você joga com um time melhor que o seu, tecnicamente, é normal jogar no contra-ataque. Mas minha visão de futebol é essa, de sempre ir para frente, quebrar linhas e buscar o gol. Claro que, hoje, não seria possível fazer isso contra um Flamengo ou um Palmeiras, por exemplo”, disse o comandante.