Economia

Queda do petróleo reduz apetite por risco e dólar sobe 0,07%

Pela primeira vez desde o início da crise Michel Temer x JBS, o câmbio teve uma sessão guiada principalmente pelo cenário externo. Em meio a uma ausência de notícias concretas no cenário político, as fortes oscilações do petróleo acabaram dominando as atenções dos investidores.

O dólar à vista no balcão subiu 0,07%, fechando a R$ 3,2826, após oscilar entre a mínima de R$ 3,2636 (-0,51%) e a máxima de R$ 3,2982 (+0,54%). O giro registrado pela clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,269 bilhão. O dólar futuro para junho avançava 0,05% por volta das 17h15, a R$ 3,2835. O volume de negócios era de US$ 14,549 bilhões. No exterior, o dólar subia ante a maioria das outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rublo russo (+1,43%), o peso colombiano (+0,52%) e o dólar australiano (+0,62%).

O petróleo WTI para julho fechou em baixa de 4,79% hoje, a US$ 48,90 o barril, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciar um trato com nações de fora do bloco para estender por mais nove meses um acordo para reduzir a oferta da commodity, até março de 2018. O anúncio, porém, não animou investidores, que já esperavam a medida e desejavam mais ações do cartel para equilibrar o mercado.

No noticiário interno, a Câmara aprovou na noite de ontem uma série de Medidas Provisórias, aproveitando que a oposição tinha abandonado a sessão em protesto contra a decisão de Temer de convocar o Exército para garantir a segurança na Esplanada dos Ministérios. Ainda assim, um das medidas mais importantes, sobre o novo programa de refis para dívidas tributárias, deve caducar em 1º de junho, após o governo não conseguir chegar a um acordo com os parlamentares. Nesse contexto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reuniu com alguns deputados nesta tarde para discutir a possibilidade de o governo editar nova MP.

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