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Corinthians espera começar ano com patrocínio master, diz diretor financeiro

O Corinthians deve fechar com um patrocinador master para a camisa até o início da próxima temporada e o objetivo do clube é conseguir trazer reforços de primeira linha. Essas são as principais apostas do diretor financeiro do clube, Matias Ávila, que concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira no Parque São Jorge.

“Estamos trabalhando para iniciar o ano com ele (patrocinador master). Como não sou do marketing e isso é um assunto que o (Luis Paulo) Rosenberg vem tratando, não posso dar detalhes. Mas nossa expectativa é essa”, comentou.

O clube não consegue preencher o espaço de maior valor em sua camisa desde julho de 2017. A diretoria tentou durante toda a temporada um anunciante, mas não encontrou. E a falta desse dinheiro foi um dos responsáveis para o clube fechar o ano com déficit.

A expectativa da diretoria ao projetar 2018 era arrecadar em patrocinadores cerca de R$ 87 milhões. Ao término da temporada, o departamento financeiro informou que o clube deve arrecadar o total de R$ 38 milhões.

Para 2019, a esperança do clube é realizar novas parcerias e fechar a temporada com faturamento só em patrocínio de R$ 64 milhões. “É uma projeção conservadora”, admitiu Ávila. O novo patrocinador master deve contribuir com cerca de R$ 30 milhões, valor semelhante ao que a Caixa, a última a colocar a marca na parte de maior valor do uniforme, pagou ao clube.

NAMING RIGHT – Outra meta da atual gestão para 2019 é conseguir finamente encontrar um marca que queira bancar o naming right da Arena Corinthians. Ávila disse que esse dinheiro servirá para abater o financiamento do clube com a Caixa. O Corinthians financiou R$ 470 milhões e atualmente paga R$ 6 milhões ao mês. “Daqui dois ou três anos, a Arena vai ser o melhor negócio do futebol brasileiro”, projetou.

Por enquanto, não é. O clube sofre para pagar as parcelas e conseguiu junto à Caixa diminuir para R$ 2 milhões as parcelas nos meses de dezembro e janeiro. Neste ano, a Arena gerou R$ 60 milhões, que foram destinados ao pagamento do financiamento.

O clube também conseguiu com a prefeitura R$ 50 milhões em CIDs (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento) em 2018, que foram utilizados para pagar a Odebrecht – esses certificados são títulos emitidos pelo governo e comprados por empresas ou pessoas físicas a fim de conseguir desconto no pagamento de impostos.

REFORÇOS – No ano, o Corinthians deve fechar com déficit de 18 milhões e a expectativa de Ávila para a próxima temporada é fechar com superávit de R$ 650 mil. Para isso, diz que conseguirá enxugar a folha salarial com o encerramento do contrato de alguns jogadores – Emerson Sheik, Danilo e Vilson já se despediram. Ávila ainda informou que há outros atletas que devem ter contratos vencidos até a metade do ano que vem e não serão renovados. Ao mesmo tempo, prometeu reforços de peso.

“Vamos trazer jogador de primeira linha. Podemos contratar jogador de primeira linha e também pode acontecer de ele não jogar, como aconteceu neste ano. Não preciso dar os nomes. A ideia é administrar isso”, comentou.

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