O dólar no mercado à vista recua desde a abertura nesta quarta-feira, 31, sob pressão técnica de vendidos em contratos cambiais em meio à taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril, de 13,6%, abaixo da mediana das projeções do mercado (13,90%) e a queda da moeda norte-americana ante algumas divisas principais e de países emergentes e ligadas a commodities, disse o gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos.
Os vendidos em contratos cambiais atuam para derrubar os preços visando enfraquecer a taxa Ptax desta quarta, que é a última de maio e servirá na quinta-feira para a liquidação do dólar junho, além de ajustes de contratos cambiais e de swap com vencimentos em meses subsequentes. Desse modo, tentam minimizar eventuais perdas, uma vez que o dólar acumula alta de mais de 2% ante o real em maio, o que tende a favorecer os comprados, que apostaram no avanço das cotações.
Às 9h35, o dólar à vista caía 0,26%, aos R$ 3,2510. O dólar futuro para julho, mais negociado a partir de hoje, recuava 0,23%, aos R$ 3,2730.
O mercado de trabalho no País perdeu 1,243 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3,6% no trimestre encerrado em abril de 2017, ante o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado encolheu para 33,286 milhões de pessoas no trimestre até abril, o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 3,1%, com 306 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 10,6% ante o trimestre encerrado em abril de 2016, com 395 mil pessoas a mais.