Os mercados acionários europeus fecharam em alta no pregão desta quinta-feira, 1, com diversos temas recebendo atenção por parte dos investidores: o fortalecimento dos preços do petróleo, dados positivos da zona do euro e da Alemanha, além da expectativa em torno do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Acordo do Clima de Paris. As eleições gerais do Reino Unido, que ocorrem na próxima semana, e notícias envolvendo os bancos italianos também influenciaram o mercado hoje.
Entre os indicadores divulgados na manhã desta quinta-feira, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da zona do euro subiu de 56,7 em abril para 57 em maio, atingindo o maior nível em 73 meses. O dado veio em linha com as expectativas de analistas consultados pelO Wall Street Journal, sendo puxado pelo PMI alemão, que avançou de 58,2 para 59,5 nos mesmos meses – também alcançando o maior nível em 73 meses. O dado da Alemanha ficou acima do projetado por analistas, que previam alta levemente menor para 59,4.
Às 16h (de Brasília), está programado o anúncio de Trump sobre sua posição em relação ao acordo climático de Paris, no jardim da Casa Branca. Ontem, circularam informações de que o presidente americano iria retirar os EUA do pacto, conforme havia prometido durante a campanha eleitoral.
No Reino Unido, os investidores estão atentos aos últimos dias de campanha antes das eleições gerais de 8 de junho. Ontem, a rede estatal BBC transmitiu um debate entre os principais candidatos, mas não contou com a presença da primeira-ministra britânica Theresa May, que foi acusada por seus adversários de falta de liderança e comprometimento com os eleitores. Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,32%, aos 7.543,77 pontos, com a Royal Dutch Shell subindo 0,55% e a BP avançando 0,71%, amparadas nos preços do petróleo, que avançaram após relatórios do American Petroleum Institute (API) indicarem uma forte queda nos estoques da commodity em solo americano.
Em Milão, o índice FTSE-MIB avançou 0,99%, aos 20.936,07 pontos, com foco no setor bancário. Nesta quinta-feira, a notícia de que a União Europeia aprovou um plano de reestruturação proposto pelo Monte dei Paschi di Siena, abrindo o caminho para a Itália resgatar a instituição, que enfrenta sérias dificuldades financeiras. Com isso, o Intesa Sanpaolo fechou em alta de 0,94% e o Banco BPM subiu 3,17%. Além disso, foi divulgado hoje o Produto Interno Bruto (PIB) italiano, que cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano, na margem, segundo revisão divulgada hoje. O dado foi melhor do que a primeira estimativa, de expansão de 0,2%.
Já o índice Ibex-35, da bolsa de Madri, fechou em alta de 0,01%, aos 10.881,00 pontos, revertendo as perdas registradas ao longo do pregão no fim da sessão. Os papéis do Banco Popular despencaram 17,90% após ser informado que a instituição terá de ser liquidada caso não encontre um comprador. Além disso, o Bankia recuou 0,98% e o BBVA perdeu 0,50%.
Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 0,40%, aos 12.664,92 pontos, apoiado por dados positivos do mercado de trabalho americano e por preços mais fortes do petróleo. Montadoras fecharam em alta, com os investidores atentos à 19ª reunião da cúpula da União Europeia e da China, em Bruxelas. A Daimler avançou 0,71%; a BMW subiu 1,96% e a Volkswagen teve alta de 1,50%. Também as montadoras reagiram positivamente em Paris, com a Renault subindo 2,07% e a Peugeot avançando 1,74%, fazendo com que o índice CAC-40 fechassem em alta de 0,66%, aos 5.318,67 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 0,45%, aos 5.313,59 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)