A percepção dos consumidores brasileiros sobre a economia encerrou 2019 em 47,0 pontos, alta de 1,2 ponto em comparação ao mesmo período de 2018, segundo o Indicador de Confiança do Consumidor, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O índice possui escala de 0 a 100, sendo que quanto maior o número, mais otimistas estão os consumidores.
Dos 800 entrevistados para o levantamento, 62% avaliam como "ruim" a situação atual da economia brasileira, resultado que, apesar de ainda ser negativo, foi 10 pontos porcentuais abaixo do resultado do ano anterior.
Entre as razões mais citadas pelos consumidores pessimistas, 71% atribuem a percepção à alta dos preços, enquanto 62% dizem que a avaliação negativa se deve ao desemprego.
Em relação ao futuro da economia, a percepção dos consumidores apresentou equilíbrio, com o mesmo porcentual apresentado entre otimistas e pessimistas: 26%. Outros 44% disseram ser neutros.
Entre os otimistas, 38% têm expectativa de que haverá mais estabilidade política no Brasil, enquanto 28% concordam com as medidas econômicas do governo. Já entre os pessimistas, 56% dizem que os preços continuam altos, enquanto 40% diz que não houve melhora no emprego.
Mesmo com a expectativa dividida sobre o futuro da economia, 56% dos consumidores disseram estar confiantes de que sua vida financeira irá melhorar. O resultado também contrasta com a percepção atual dos entrevistados sobre suas finanças, em que apenas 14% consideraram "boa", enquanto 38% disseram ser "ruim".
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, "por mais que a situação econômica do país impacte a vida financeira do consumidor no seu dia a dia, ele sabe que assumir um controle efetivo sobre seu bolso e fazer adaptações podem ajudar a enfrentar um ambiente adverso".