A crise política ucraniana pode ajudar o Palmeiras a repatriar o meia Cleiton Xavier, antigo sonho do presidente Paulo Nobre. Como o Metalist quer 6 milhões de euros (mais de R$ 18 milhões) para vender o jogador e não está disposto a diminuir a pedida ou emprestar o atleta, e o clube paulista não dispõe desse dinheiro agora, Cleiton Xavier só voltaria para o Brasil caso os conflitos na Ucrânia se intensifiquem.
A temporada 2014/2015 do Campeonato Ucraniano começou com apenas 14 clubes porque o Sevastopol e Tavriya Simferopol foram incorporados ao Campeonato Russo depois da anexação da região da Crimeia. Para piorar, as cidades de Donetsk e Luhansk, próximas à divisa com a Rússia, não vão receber jogos este ano por causa do risco de conflitos no local.
Se a crise crescer e chegar a Kharkiv, cidade do clube de Cleiton Xavier, é possível que o jogador faça o que outros atletas já fizeram e peça para voltar ao Brasil, apesar de ter contrato com os ucranianos até junho de 2017. E a prioridade é do Palmeiras.
O meia, de 31 anos, jogou no Palmeiras em 2009 e 2010. Em 88 jogos, marcou 16 gols e chegou a ser convocado por Dunga para a seleção brasileira. Depois que foi vendido para o Metalist, Cleiton Xavier entrou na Justiça contra o time alviverde cobrando o pagamento de direitos de imagem, mas fez um acordo com o clube, retirou a ação e até usou as instalações da Academia de Futebol para tratar de uma lesão na coxa direita no ano passado.