Em sua primeira manifestação pública desde o imbróglio ocorrido na reta final do Brasileirão, o goleiro Diego Alves confirmou sua permanência no Flamengo nesta sexta-feira e culpou a gestão anterior do clube carioca pela polêmica envolvendo também o técnico Dorival Junior e o goleiro César.
Na ocasião, Diego Alves teria se recusado a viajar para o jogo com o Paraná, pelo Brasileirão, ao ser informado por Dorival que seria reserva. O goleiro, então titular, se recuperada de lesão, mas seria substituído por Cesar.
Nesta sexta, Diego Alves negou que tenha se recusado a viajar para aquele jogo. “Nunca recusei uma viagem na minha vida. Sou profissional. O clube está acima de qualquer jogador. Com toda tranquilidade do mundo nunca me recusei a viajar. Nunca tinha passado por isso. Levaram a notícia completamente distorcida”, declarou.
Para o goleiro, a polêmica foi alimentada pela gestão anterior, que deixou o comando do clube em dezembro, para desviar o foco da negociação de Lucas Paquetá com o Milan. A transferência foi criticada por boa parte da torcida.
“Fiquei três meses sem falar, respeitei o clube e os meus companheiros. Não tive nenhum problema com nenhum companheiro. É muito fácil ser criticado por alguma coisa que chega por uma informação privilegiada de alguém. Vocês sabem muito bem quem é da diretoria passada. Desviaram o foco da venda do Paquetá para mim”, afirmou o jogador.
Diego Alves disse também que não recebeu nenhum contato da gestão anterior em meio à polêmica. Só passou a conversar com a diretoria, quando a nova gestão assumiu o clube. “Tudo foi muito mal gerido. Ao contrário da diretoria passada, as pessoas hoje aqui tratam os assuntos de frente. Jogar no Flamengo é uma grande pressão. Polêmicas e críticas fazem parte. Sei lidar com isso. Mas a partir do momento que envolve o caráter…”, criticou.
“Eu tinha que resolver essa situação interna com o Flamengo. O Marcos Braz me ligou logo que assumiu. Conversamos. Depois tive uma conversa muito franca com Abel. Falei o que penso e a verdade. Ele (Abel) é a pessoa responsável por eu estar hoje aqui”, declarou.
O goleiro afirmou ainda que não tem problemas em perder a posição de titular. E lembrou dos seus tempos em que defendeu o Valencia, entre 2011 e 2017. “Em nenhum momento eu quero a titularidade assegurada. Na Europa sempre teve revezamento Em três meses falaram inverdades, denegriram minha carreira, atingiram minha família”, afirmou.
“Durante três meses, a primeira ligação que recebi do clube foi das pessoas que estão aqui hoje. Tive uma conversa franca com o Dorival antes de ele ir embora. Aí tive ainda mais certeza que quem fez essa coisa suja estava tentando denegrir minha imagem. Recebi porrada de tudo quanto é lado, de pessoas que nem me conhecem”, lamentou o goleiro.