A juíza encarregada do julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp informou nesta sexta-feira que vai dar o seu veredicto em 11 de setembro, com o que terminará um processo que durou cinco meses.
O anúncio foi realizado pela juíza Thokozile Masipa depois que a promotoria e a defesa terminaram suas alegações finais no processo contra o atleta paralímpica, que atirou em sua namorada no dia 14 de fevereiro de 2013.
Pistorius disse que atirou por engano, pensando que havia um intruso em sua casa. A acusação alega que o atleta paralímpico matou intencionalmente Reeva após uma discussão. “O réu tentou matar um ser humano”, disse o promotor Gerrie Nel. “Deve haver consequências”.
Nel pediu que a juíza negue toda a defesa de Pistorius, por considerá-la uma mentira, e que o declare culpado de assassinato premeditado, uma acusação que acarreta uma sentença entre 25 anos de detenção e prisão perpétua.
Pistorius também pode ser condenado por uma acusação menor de homicídio ou homicídio imprudente, ambos puníveis com vários anos de prisão. A juíza poderia absolvê-lo se acreditar que ele simplesmente cometeu um erro fatal.
Barry Roux, advogado de defesa, disse que a deficiência de Pistorius o tornou particularmente vulnerável e ansioso em relação a criminosos ao longo dos anos, e o comparou a uma vítima de abuso que mata um abusador após um longo período de sofrimento.
As pernas de Pistorius foram amputadas quando ele era um bebê, e Roux afirmou que o
medo do atleta de ser atacado teve um papel fundamental no assassinato presumivelmente acidental. Depois dessas argumentações, em pouco mais de um mês, o futuro do atleta paralímpico será definido.